Ednilson Aguiar/O Livre
O deputado estadual Wagner Ramos afirmou que o clima na Assembleia Legislativa “é tenso” desde que o deputado Gilmar Fabris foi preso em decorrência da 12° fase da Operação Ararath, apelidada de Malebolge, no dia 15 de setembro.
Fabris foi gravado saindo de casa por volta das 05h30 da manhã carregando uma valise preta, minutos antes de a Polícia Federal cumprir mandado de busca e apreensão em seu apartamento. No dia seguinte, o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Fux determinou sua prisão por possível obstrução de Justiça.
“O que está se julgando hoje, o que se está colocando em questão é se ele tentou ou não obstruir. Não sabemos o que foi tirado ou não, tudo que a gente sabe é o que vimos pela imprensa. Nós não estivemos com ele depois para perguntar, ‘Gilmar, o quê aconteceu?”, então ele dá a versão dele e a Justiça dá a sua versão”, disse Ramos, durante entrevista na manhã desta terça-feira (03). Apenas a Comissão de Ética da Assembleia, formada pelos deputados Dr. Leonardo (PSD), Allan Kardec (PT) e Mauro Savi (PSB) além do o presidente Eduardo Botelho (PSB), visitou Fabris na prisão .
Assim como Fabris, Wagner Ramos também teve seu nome citado na delação do ex-governador Silval Barbosa e é alvo de investigação por parte da Procuradoria Geral da República.
O deputado descartou ainda que as operações policiais como Malebolge e Esdras tenham paralisado os trabalhos da Assembleia. Nas últimas semanas os deputados tiveram dificuldades para conseguir quórum suficiente para realizar votações na Casa. Ramos atribuiu o baixo comparecimento à Caravana da Transformação que foi realizada pelo governo na região de Juara (740 km de Cuiabá).
“Atrapalha, claro. Fica uma situação constrangedora, uma situação ruim, não é bonito pro nosso Estado. Porém, nós temos saber qual é o nosso papel que é a votação. Temos que dar continuidade na Casa”, declarou.
