O governador Mauro Mendes (União Brasil) ressaltou que as discussões em torno da reforma tributária, aprovada na Câmara na última semana, centraram apenas em arrecadação de impostos e nada em relação à aplicação dos recursos públicos.
O texto da reforma tributária foi votado e aprovado em dois turnos entre a quinta-feira (6) e sexta (7). Conforme o LIVRE noticiou, a maioria dos deputados federais de MT votou contra.
“Nessa reforma discutimos receitas, tributação. E a eficiência? E a qualidade do gasto do estado brasileiro? Essa é uma grande discussão que tem que ser feita neste país, porque não há dinheiro que dê quando se gasta mal”, disse Mendes.
O governador, em entrevista ao Jornal da Manhã da Jovem Pan, pontuou também que o texto aprovado teve avanços em relação ao primeiro modelo apresentado 10 dias antes – no qual Mato Grosso sairia como um “superperdedor” de tributos.
Mauro Mendes foi um dos principais opositores ao projeto e fez peregrinação em Brasília para tentar corrigir pontos do texto que impactariam Mato Grosso negativamente.
Com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) indo para o Senado com grande chance de ser aprovada, Mauro argumenta que cidadão poderá entender melhor como os impostos são aplicados sobre os produtos consumido.
“Hoje ninguém sabe o que paga de imposto em um produto, porque está dentro do preço e ele se acumula na cadeia. O imposto de uma pecinha, que vai em outro produto montado e toda a cadeia longa se acumula. Agora com a simplificação, todos brasileiros vão poder enxergar, que quando comprar uma camisa, vai estar claramente o imposto sobre o consumo que você está pagando. Aí sim vamos ver o tamanho do estado brasileiro e vamos poder cobrar mais dos políticos para que sejam mais eficientes”, comparou.