A 1.065 km de Cuiabá, no extremo Norte de Mato Grosso, Colniza tem como principal atividade econômica a extração de madeira. Não à toa, portanto, foi ela que colocou Mato Grosso no estudo realizado do MapBiomas – uma rede colaborativa de ONGs – sobre o desmatamento.
O município atingiu o 10º maior índice de devastação em 2019. A entidade apontou 17.709 mil hectares desmatados. O equivalente a mais de 17 mil campos de futebol.
Além de Colniza, entre os 10 municípios do país que mais desmataram, quatro estão no Pará, três no Amazonas e um em Rondônia.
Altamira (PA) teve a maior área disparada de desmatamento detectado no ano passado: 54 mil hectares. São Félix do Xingu, no mesmo Estado, tem 39,6 mil hectares.
Na lista dos 50 municípios com o maior índice, oito são de Mato Grosso. São eles: Aripuanã (11º), Nova Bandeirantes (17º), Apiacás (34º), Juara (40º), Marcelândia (47º), Cocalinho (48º) e Paranatinga (50º).
Município mais violento do país
Colniza também é marcada pelos conflitos agrários causados pelas disputas de terra. Por causa da violência, foi considerada a cidade o mais violenta do país em 2007, segundo levantamento do Mapa da Violência.
Em abril de 2017, nove trabalhadores foram mortos em uma gleba do município.
O dono de uma madeireira foi denunciado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MP-MT) como sendo o mandante do crime.