O Ministério Público Federal em Mato Grosso pediu que a Justiça Federal condene o secretário de saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia, e mais cinco pessoas por obstrução de investigações a crimes na Secretaria de Saúde do município.
O procurador da República Carlos Augusto Guarilha de Aquino Filho diz que os investigados agiram em acordo para “embaraçar” a apuração de casos na CPI da Saúde, em andamento na Câmara dos Vereadores de Cuiabá em 2018, e também tentaram despistar a Polícia Civil na Operação Sangria.
“Líderes da OCRIM e sócios do Grupo Prox, após tomarem conhecimento de que a CPI da Saúde descobrira a procuração outorgada a Huark para administrar a Proclin, decidiram, de comum acordo, destruir vestígios dos crimes e notadamente de provas que pudessem corroborar o vínculo entre Huark e a Proclin”, diz trecho do pedido.
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Operação Sangria
A polícia investigava na Operação Sangria ilegalidades em quatro contratos de prestação de serviços médicos firmados entre a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP) e a Sociedade Mato-grossense de Assistência em Medicina Interna (Proclin).
A ação foi protocolada nessa sexta-feira (27) pelo MPF como alegações finais ao processo que corre na 7ª Vara Federal de Mato Grosso.
Além do pedido de condenação ao ex-secretário Huark, estão na lista os médicos Fábio Liberali Weissheimer e Luciano Correa Ribeiro, e de Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo e Celita Natalina Liberali Weissheimer.
O procurador Carlos Augusto Guarilla diz que os investigados agiram em organização criminosa para atrapalhar as apurações de crimes na saúde em Cuiabá. Se eles forem condenados por esses crimes, a sentença pode variar de 3 a 8 anos de prisão.