O governador disse que a corrupção e a incompetência são atitudes nocivas para o país e que impediriam a subida para um status de primeiro mundo. Ele avalia que tanto uma quanta a outra podem ser apontadas na situação atual do Brasil como falha da administração da União.
“Nós nunca seremos um país de primeiro mundo se tivermos uma gestão pública de quinto mundo. A segurança pública é o que é [ineficaz no combate à violência] porque contrata-se mais policiais e não resolve o problema, mas aumenta o gasto público. Na educação, a gente está na rabeira do desenvolvimento. Nós somos a oitava economia do mundo, mas os indicadores sociais estão lá atrás”, disse em entrevista à Jovem Pan.
Com tom de postulante a cargo eleitoral, Mauro Mendes disse que não é somente a corrupção que tira a eficiência dos serviços, com o desvio de dinheiro para fins pessoais e criminosos de gestores. Existe, na visão dele, incapacidade dos gestores em encontrar saídas alternativas para corrigir as falhas.
Os exemplos dados são o funcionalismo público e a educação, especificamente, com o reflexo na qualidade do ensino. A estrutura de carreiras não incentivaria os servidores a um desempenho mais eficiente e equiparia os mais produtivos com os menos produtivos.
“A gente boa e gente ruim [profissionalmente] têm em qualquer lugar. O problema do serviço público é que, se você pegar o melhor funcionário, que trabalha e se esforça, ele chega ao fim da carreira ganhando a mesma coisa que o funcionário que enche o trabalho de atestado médico, que não faz nada”, afirmou.
Os dados da educação foram a classificação do último balanço do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) em que o Brasil aparece na 55ª posição em qualidade numa lista com 61 países.
O governador criticou a corrupção, sem citar nome, pela decisão recente do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli, que anulou todas as ações da Lava Jato contra o empresário Marcelo Odebrecht. “Pelas decisões que emanaram pelo país, parece que [a corrupção] voltou tudo de novo”, pontuou.
Mauro Mendes (União Brasil) é apontado como possível candidato à Presidência em 2026, em parceria com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Ambos administram estados que têm o agronegócio como pilar da economia.
Mendes nega conversas com Caiado para a formação de chapa, mas não descartou a hipótese. Ele disse que ainda é cedo para conversas sobre uma corrida eleitoral para daqui dois anos.
