Política

Mauro diz que DEM deve avaliar resultados e não boas intenções de Taques

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Mauro diz que DEM deve avaliar resultados e não boas intenções de Taques

O ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes (DEM) defendeu que, para decidir se apoia ou não a provável candidatura à reeleição do governador Pedro Taques (PSDB), o DEM deve avaliar os resultados do governo e não apenas as boas intenções do tucano. Ele afirmou que o compromisso firmado com Taques foi para apoiar seu primeiro mandato, e que a decisão sobre a aliança para as eleições deste ano ainda será tomada.

“Defendo que o partido faça uma avaliação da atual administração, dos resultados, do que foi prometido e entregue, do comportamento pessoal desse governo, para decidir se o partido quer continuar nesse projeto”, disse à imprensa, logo depois da sua filiação ao DEM, na noite de sexta-feira (23). “Como apoiador do governo Pedro Taques que fui, vou fazer essa avaliação. E vamos decidir se queremos continuar apoiando este projeto ou construir um novo projeto”, disse.

Mendes voltou a dizer que ainda não decidiu se será candidato nas eleições deste ano. Ele rechaçou compromisso com Taques negou também que tenha indicado seus ex-secretários para ocuparem cargos no governo. “Todos as pessoas que lá estão e trabalharam comigo, se me perguntassem, eu falaria muito bem deles. Mas nunca ninguém me consultou ou pediu meu aval. Os cargos são de livre iniciativa do governador”, disse.

Culpa da crise?

O ex-prefeito citou problemas na gestão estadual, principalmente nas finanças, e disse que não basta se esforçar. “É um governo que enfrenta dificuldades de caixa, tem muitos restos a pagar, fornecedores com inadimplência, atrasos aos Poderes, atrasos na saúde. O governo se esforça dia a dia. Mas não somos avaliados pelas boas intenções e sim pelos resultados. Eu vejo com certa apreensão”, afirmou. “A questão de caixa do Estado é extremamente grave. Isso é preocupante e precisa ser melhor compreendido ou explicado pelo gestor”, completou.

Segundo Mendes, não se pode atribuir à crise todos os problemas do Estado. “Houve crise, mas ela não é o pai nem a mãe sozinha de tudo aquilo que está acontecendo em Mato Grosso”, declarou. Ele evitou avaliar se a gestão de Taques tem sido boa ou ruim. “Eu procuro não ser leviano. Certamente uma boa gestão pode produzir bons resultados, minimizar os impactos de uma crise, de dificuldades”, disse.

Evitou, também, apontar responsáveis. “Temos que compreender melhor quem é o verdadeiro responsável. Não se pode atribuir ao governador Pedro Taques ou a sua equipe, ou ao ex-governador Silval Barbosa. Somos fruto de um conjunto de fatores”, afirmou. Mendes afirmou, ainda, que a crise econômica já chegou ao fim. “Não houve crise em 2017. A economia voltou a crescer, a balança comercial bateu recorde. A arrecadação do Estado cresceu 28% nos últimos três anos, então houve crescimento real”, citou.

O ex-prefeito citou que, durante seu mandato, tomou medidas para resguardar a gestão municipal da crise nacional. “Eu estive na prefeitura de 2013 a 2016. O auge da crise foi 2015 e 2016, quando houve milhões de desempregados. Antes da crise, eu fiz a lição de casa: reduzi de 23 para 17 secretarias, enxuguei, tomei as providências antes da crise, antes que a água batesse na testa. Isso é compreender o momento e tomar as atitudes no momento certo”, afirmou.

 

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