O governador Mauro Mendes disse que o ministro da Fazenda Fernando Haddad terá que fazer propostas iguais para os estados que devem mais e para os que devem menos a União.
“Se for flexibilizar regra para quem deve muito, também tem que flexibilizar para quem deve pouco. Não é justo dar um tratamento especial para aqueles que não fizeram a lição de casa ou não estou conseguindo pagar as dívidas, e não dar o mesmo tratamento para aqueles que estão se esforçando, estão fazendo um empenho fiscal mais rigoroso”, disse hoje (25) em entrevista à Jovem Pan.
Haddad e governadores devem se reunir amanhã (26) em Brasília para discutir uma renegociação da dívida dos estados com a União. A revisão foi pedida pelo consórcio Sul-Sudeste, composto pelos estados com mais de 80% da dívida.
A opinião do governador Mauro Mendes é que a amortização das dívidas e um prazo mais longo, que devem ser pedidos pelos maiores devedores, por exemplo, também sejam aplicáveis para quem a dívida é menor, caso de Mato Grosso.
“A nossa dívida hoje está em torno de 10% da receita corrente líquida, nós estamos numa situação muito confortável, nós fizemos um arrocho 5 anos atrás com a aprovação de regras fiscais próprias mais rígidas”, disse.
O Orçamento 2024 calcula receita corrente líquida, a soma de todas as fontes de dinheiro que entram nos cofres do estado, de R$ 31,5 bilhões. A dívida de Mato Grosso estaria em torno de R$ 3 bilhões.