Os mato-grossenses apostam mais em trabalhos autônomos. Eles têm assumido mais a aventura de deixar os contratos de CLT e encarar empreitadas próprias, para serem donos do próprio negócio.
A opção pelo empreendimento pode ser medida pela quantidade de Microempreendedor individual (MEI) em atividade em Mato Grosso. Conforme o Sebrae, cerca de 228 mil pessoas prestam serviços com cadastro MEI.
O grupo de microempresários hoje é mais que o dobro do que havia em 2019, em torno de 113 mil. O crescimento não tem nada que ver com a pandemia, que causou uma movimentação no mercado de trabalho por novos postos de trabalho.
“É uma tendência que já tínhamos verificado antes da pandemia. As pessoas estão enxergando a oportunidade de empreender e estão arriscando. E não tem um ramo, um nicho dos setores econômicos que concentrem os trabalhos dos MEIs”, explica a Liliane Ramos Moreira, coordenadora de relacionamentos do Sebrae.
Segundo ela, a característica em comum dos microempresários é a busca pelo empreendimento. O movimento ocorrido no primeiro ano da pandemia foi a procura por uma fonte alternativa de renda.
“O MEI busca renda, lógico, mas eles iniciam um empreendido por isso. São pessoas que juntam um dinheiro para iniciar um negócio, e se arriscam em ficar um tempo sem ganho esperado até que a empresa dele se firme”, comenta Liliane Ramos Moreira.
E eles têm as coordenadas certeiras para entrar no mercado. Segundo a coordenadora, os microempreendedores querem suprir a carência por serviços onde as empresas tradicionais não conseguem chegar, ou mesmo criar um novo nicho de ofertas.
Os ramos são os mais variados, de jardineiro e pintor a mecânico, materiais de construção, cabeleireiro e brinquedos.
