Ednilson Aguiar/O Livre
Guilherme Maluf diz que membros do governo precisam se aproximar do PSDB
O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) defendeu a permanência do governador Pedro Taques no partido. Em reunião com a cúpula tucana na semana passada, o governador ameaçou deixar a sigla. Ele não recebeu bem algumas críticas ao seu governo e a sugestão de que o partido trabalhe um plano B, para o caso de ele não se viabilizar como candidato à reeleição.
Na ocasião, houve momentos de tensão entre Taques o presidente do PSDB em Mato Grosso, Nilson Leitão, que pretende disputar o cargo de senador nas próximas eleições. Dois dias depois da reunião, Taques viajou para a China. Maluf disse que essa divergência pode ser superada, pois não há outro postulante ao governo estadual dentro do partido.
“Eu acho que Taques deve ser candidato [à reeleição] pelo PSDB. Há uma desavença dele com o presidente que está entregando o partido. Mas é desejo legítimo do Nilson Leitão ser candidato a senador. Ele está construindo isso. Isso dá para construir 100%. Seria difícil se tivesse um candidato a governador dentro do partido. Mas não temos outro candidato. Não vamos ter prévias”, analisou.
O deputado avaliou, ainda, que os aliados de Taques que fazem parte do governo estão distantes do PSDB. “No meu modo de ver, o grupo que acompanha o governador no Executivo tem que se aproximar mais do partido, procurar o diálogo com o partido”, sugeriu Maluf.
Apesar da divergência entre o gestor e membros da cúpula do PSDB, o parlamentar disse que a bancada tucana na Assembleia Legislativa tem dado total sustentação ao governo. “Estou na base, trabalhando na base. Votei a RGA (revisão geral anual), estou votando a PEC (proposta de emenda constitucional) do Teto com desgaste dos servidores”, enumerou.
Ednilson Aguiar/O Livre
Jajah Neves seguiu Pedro Taques quando o governador deixou o PDT
O deputado Jajah Neves (PSDB) também endossou o apoio da bancada. “Eu posso falar por mim. Eu sou PSDB e acredito que nosso apoio aqui na Assembleia é visível. Todos têm acompanhado. Esse sentimento cabe ao governador saber se tem ou não tem [apoio do partido]. Ele e toda a imprensa que acompanha sabem a defesa ferrenha que fazemos aqui dentro desse parlamento”, declarou.
Jajah não quis opinar sobre a possível saída de Taques da sigla, e nem respondeu se vai acompanhá-lo em uma eventual mudança. Ele seguiu o governador em 2015, quando Taques trocou o PDT pelo PSDB.
“Não vamos jantar antes do almoço”, brincou, em referência a uma frase muito repetida por Taques. “O governador não está no país e retorna no dia 15. Acho que há tempo para termos entendimento. Temos que aguardar o posicionamento do governador. Não tem como eu me anteceder aqui”, disse.