Leis e Justiça

Lei Paulo Gustavo injeta R$ 66,4 milhões no setor cultural de Mato Grosso

As 5 cidades receberão o maior volume de repasses são Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop e Tangará da Serra

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Lei Paulo Gustavo injeta R$ 66,4 milhões no setor cultural de Mato Grosso
(Imagem: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República)

Mato Grosso e os 141 municípios do estado irão receber cerca de R$ 66,4 milhões da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar nº 195/2022) para o investimento em projetos voltados à Cultura. O decreto de regulamentação da lei foi assinado na última quinta-feira (11), pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em Salvador (BA).

“Cultura significa emprego. Milhões de oportunidades para gente que precisa comer, tomar café, almoçar e jantar”, disse o presidente. “A cultura pode ajudar o povo a fazer a revolução que precisa ser feita neste país, para que o povo possa trabalhar, estudar, comer, ter transporte de qualidade. A cultura pode fazer com que a gente exija o cumprimento da Constituição brasileira”, completou Lula.

Ao todo, a Lei Paulo Gustavo terá um repasse direto de R$ 3,8 bilhões, o maior valor da história do país destinado ao setor cultural. Desse montante, R$ 2 bilhões são voltados para os estados e R$ 1,8 bilhão para os 5.570 municípios brasileiros.

Entre os estados da Região Centro-Oeste, o investimento para a cultura no Mato Grosso é o segundo maior. Do total, R$ 34,9 milhões vão para o governo estadual e cerca de R$ 31,5 milhões estão disponíveis para os 141 municípios.

Cuiabá tem a previsão de maior volume de repasses da Lei, com mais de R$ 4,8 milhões. Entre as cinco cidades com montantes mais altos estão Várzea Grande (R$ 2,2 milhões), Rondonópolis (R$ 1,8 milhões), Sinop (R$ 1,2 milhões) e Tangará da Serra (R$ 878,6 mil).

Para acessar os recursos, os entes federados devem usar o sistema da Plataforma Transferegov.br, disponível desde ontem (12). Serão 60 dias para registrar os planos de ação, que serão analisados pelo Ministério da Cultura (MinC). Os valores serão liberados após a aprovação de cada proposta.

Regiões

Somando, os aportes para os 1.668 municípios e os 4 governos estaduais do Sudeste (São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais), a região terá investimentos que superam R$ 1,4 bilhão, o maior do país na Lei Paulo Gustavo.

O Nordeste tem R$ 1,1 bilhão destinados a seus 1.793 municípios e aos 9 governos estaduais. O Sul, com R$ 523,7 milhões reservados a 1.191 municípios e aos governos de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná, aparece na sequência.

À região Norte estão reservados R$ 424 milhões a seus 450 municípios e aos 7 governos estaduais. O Centro-Oeste completa a lista, com R$ 298,3 milhões em recursos aos 466 municípios da região e aos governos Estaduais de Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal.

Pincipais informações sobre a regulamentação da Lei nº 195/2022 (Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República)

LPG

A Lei Paulo Gustavo prevê repasses a estados, municípios e ao Distrito Federal para ações emergenciais do setor cultural, duramente atingido pelos efeitos da pandemia. A lei foi batizada em homenagem ao ator e humorista Paulo Gustavo, que morreu aos 42 anos de idade, em função das complicações da covid-19, no dia 4 maio de 2021.

Música, dança, pintura, escultura, cinema, fotografia, artes digitais estão contempladas na ampla proposta de fomento cultural promovida pelo Governo Federal, de modo a popularizar e impulsionar a diversidade de manifestações culturais e artísticas.

“A lei foi pensada para apoiar o setor e socorrer os trabalhadores da cultura que foram duramente atingidos pela covid-19. O governo passado vetou a proposta e adiou os repasses. Agora estamos conseguindo garantir a execução deste instrumento que pode ser acessado por todos os estados e municípios”, ressalta a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Inclusão

O texto garante medidas de acessibilidade nos projetos e ações afirmativas. Estados e municípios devem “assegurar mecanismos de estímulo à participação e ao protagonismo de mulheres, negros, indígenas, povos tradicionais, populações nômades, segmento LGBTQIA+, pessoas com deficiência e outras minorias”. A Lei estabelece, ainda, que os chamamentos devem ter oferta de (no mínimo) 20% das vagas para pessoas negras e mínimo de 10% para indígenas.

A transferência dos recursos será feita por meio de editais, chamamentos públicos, prêmios, aquisição de bens e serviços vinculados ao setor cultural ou outras formas de seleção pública.

Fontes

Os recursos têm como fontes os superávits do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e de outras fontes de receita vinculadas ao Fundo Nacional de Cultura (FNC). Por meio deles, é possível permitir a prestação de contas simplificada e segura, para desburocratizar o acesso à cultura e estimular a participação social no planejamento dos programas, projetos e ações.

  • BAIXE E CONFIRA o detalhamento dos recursos disponíveis para a Cultura por meio da Lei Paulo Gustavo.

Qualificação

Nos dias 12 e 13 de maio, o MinC vai realizar o Seminário Nacional da Lei Paulo Gustavo. O encontro será na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador (BA), com a intenção de capacitar gestores públicos de cultura e a sociedade civil no funcionamento e nos instrumentos necessários à aplicação da norma. As mesas serão presenciais, com transmissão ao vivo pelo YouTube do Ministério da Cultura.

(Com Assessoria)

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