O julgamento do vereador cassado Marcos Paccola (Republicanos) pela Justiça Militar foi adiado para o início do próximo ano. O juiz Marcos Faleiros acatou o argumento da defesa e remarcou a audiência para o dia 21 de fevereiro.
Paccola e mais quatro militares devem ser julgados com base nas investigações da Operação Coverage, deflagrada em 2019. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPE), os militares teriam formado uma organização de fraudes, se utilizando de suas posições na Polícia Militar.
Eles teriam adulterado os registros de armas e lançando informações falsas no sistema de informação de apoio à Superintendência de Logística e Patrimônio da Polícia Militar para despistar irregularidades.
Ainda conforme MP, as armas adulteradas teriam sido utilizadas em sete crimes com característica de extermínio – três foram consumados e em quatro houve tentativas.
Além de Paccola, são réus são 3º sargento Berison Costa e Silva, tenente-coronel Sada Ribeiro Ferreira, 2º tenente Cleber de Souza Ferreira e o tenente Thiago Satiro Albino. O MP pediu na denúncia a condenação de três e a absolvição de dois.
A condenação sugerida contra Paccola inclui a expulsão do militar da corporação. Todos seriam julgados pela Vara da Justiça Militar no começo de novembro, mas a defesa de Marcos Paccola disse que por “motivos particulares” não poderá participar da audiência.