Os alimentos e a conta de luz foram os propulsores da inflação no país, que chegou ao final de 2020 com alta de 4,52%, considerada a maior desde 2016.
Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nesta terça-feira (12), os produtos de consumo em domicílio tiveram os maiores aumentos, eles fecharam 2020 com alta de 14,09%, a maior desde 2002, quando atingimos o patamar de 19,47%.
Um dos motivadores para o encarecimento da comida e dos produtos básicos foi a alta do dólar e a pandemia.
Além disso, houve a decisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de adotar bandeira vermelha na conta de luz, sob o argumento de que as usinas termoelétricas foram acionadas, o que tornou a produção mas cara. Resultado: acréscimo na tarifa e também na inflação.
Previsão
A alta da inflação 4,52% foi a maior dos últimos quatro anos e está acima da meta do Banco Central, que é 4,0%. Contudo, a instituição admite uma margem de erro de 1,5% para mais ou para menos, na qual o percentual registrado se encaixa.
Para 2021, as projeções apontam para um IPCA anual de 3,30%, diante de uma meta do BC mais baixa que a deste ano, de 3,75%, com a mesma margem de 1,5 ponto.