Judiciário

Homem é condenado a 35 anos de prisão por matar esposa em puerpério a facadas

O filho mais velho dela, de seis anos, presenciou o assassinato da mãe

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Homem é condenado a 35 anos de prisão por matar esposa em puerpério a facadas
(Foto: reprodução / Facebook)

Ademilson Nunes foi condenado nessa terça-feira (19) a 35 anos, três meses e 15 dias de reclusão pelo homicídio qualificado da companheira Edilene Coelho Santos, 30 anos, e posse ilegal de arma de fogo, em Guarantã do Norte (a 715km de Cuiabá).

O Conselho de Sentença reconheceu as qualificadoras de motivo fútil e feminicídio (quando o crime é praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino), bem como os agravantes de crime na presença de descendente da vítima e praticado nos três meses posteriores ao parto dela.

Atuou na sessão de julgamento o promotor de Justiça Carlos Frederico Regis de Campos.

Feminicídio

O crime ocorreu no dia 17 de janeiro de 2018, no Bairro Jardim Vitória, em Guarantã do Norte. Edilene havia dado à luz a cerca de um mês.

O casal havia discutido por ciúmes e Ademilson chegou a ameaçar Edilene, a matando em seguida com uma facada nas costas e outra na boca, na frente do filho mais velho dela, de seis anos.

“Ademilson Nunes, consciente  da ilicitude e reprovabilidade de sua conduta, dotado de manifesta intenção de matar por motivo fútil e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, valendo-se de uma arma branca (faca), matou sua convivente Edilene Coelho Santos, no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher, cerca de um mês depois do parto do recém-nascido H.C. dos S. e na presença de seu filho P.F.C. da S., de seis anos de idade”, narrou o Ministério Público.

Segundo o Tribunal de Justiça, o casal mantinha união estável há cerca de dois anos, mas o relacionamento era conturbado. Havia, inclusive, processos em andamento por crimes de ameaça e lesão corporal praticados no âmbito de violência doméstica pelo denunciado em face da vítima.

Segundo a família de Edilene, o denunciado sempre demonstrou ser ciumento, agressivo e autoritário. Durante a gravidez da vítima, eles chegaram a se separar e depois voltaram a morar juntos.

Na residência do casal, ainda foi encontrada arma de fogo e munição de uso permitido, que não eram regularizadas.

(Com Assessoria)

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