O Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e a casa do secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues, foram alvo da Operação Curare, deflagrada nesta sexta-feira (30) pela Polícia Federal.
Os investigadores buscam documentos sobre uma suposta fraude na prestação de serviços de saúde, com subcontratação de empresas de fachada. A PF recebeu autorização para cumprir 21 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, Curitiba (PR) e Balneário Camboriú (SC).
Célio Rodrigues assumiu a secretaria no dia 16 de junho com o pedido de exoneração de Ozenira Félix, em meio às polêmicas da CPI dos Medicamentos instalada pela Câmara dos Vereadores e a investigação de sobrepreço na compra de produtos, aberta pela Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Deccor).
Modus Operandi
Além dos mandados, a Justiça também autorizou o cumprimento de medidas cautelares para a suspensão de contratos. A Polícia Federal informou que as empresas investigadas “apostavam na informalidade” das contratações como procedimento para pular as etapas de licitação.
“O modus operandi da cooptação dos serviços de saúde compreende a precarização das contratações públicas, em violação à obrigatoriedade do dever de licitar, com a utilização reiterada do expediente de contratações diretas emergenciais”, afirma PF.
Os pagamentos de órgãos públicos eram registrados, por exemplo, como indenização às contratadas. Esse tipo de transação teria perdurado, em alguns casos, por meses.
O que diz a Prefeitura
Em nota divulgada agora há pouco, a Secretaria de Saúde de Cuiabá informou que se coloca “à inteira disposição da Justiça” para ajudar a apurar os indícios de crimes. Disse ainda que “a gestão preza pela transparência e se coloca à inteira disposição da Justiça”.
O prefeito Emanuel Pinheiro também se manifestou por meio de nota dizendo que é “o principal interessado na elucidação de toda e qualquer investigação e vai acatar as determinações judiciais”.
Leia também: