A Polícia Federal deflagrou nesta sexta-feira (30) a Operação Curare, para desarticular uma organização criminosa investigada por fraudes a contratações emergenciais e recebimento de recursos públicos a título supostamente indenizatório, sem licitação.
A atuação do grupo se concentra na prestação de serviços especializados em Cuiabá, especialmente em relação ao gerenciamento de leitos de unidade de terapia intensiva exclusivos para o tratamento de pacientes da covid-19.
Conforme a PF, empresas investigadas fornecem orçamentos de suporte em simulacros de procedimentos de compra emergencial como se fossem concorrentes.
Contudo, a investigação demonstrou a existência de subcontratações entre as pessoas jurídicas, que, em alguns casos, não passam de sociedades empresariais de fachada. Entre 2019 e 2021, as empresas teriam recebido R$ 100 milhões do município.
As contratações emergenciais e os pagamentos “indenizatórios” abarcam serviços variados como a realização de plantões médicos, disponibilização de profissionais de saúde, sobreaviso de especialidades médicas, comodato de equipamentos de diagnóstico por imagem, transporte de pacientes, etc.