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Governo suspende negociação com consórcio VLT Cuiabá

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Governo suspende negociação com consórcio VLT Cuiabá

Pedro Singer/O Livre

VLT trilhos Varzea Grande

Depois da deflagração da operação Descarrilho, da Polícia Federal, o governo do Estado decidiu suspender a negociação com Consórcio VLT Cuiabá – Várzea Grande para a retomada das obras de implantação do modal.

O controlador-geral do Estado, Ciro Gonçalves, acabou de sair de uma reunião no Palácio Paiaguás e informou à imprensa que o diálogo com consórcio está suspenso.

“A orientação, neste primeiro momento, é pela suspensão do diálogo com o Consórcio. A PGE [Procuradoria Geral do Estado] vai tomar as providências processuais para avisar o juiz federal responsável pelo processo”, disse.

A referência é ao juiz Ciro Arapiraca, que vem conduzindo uma conciliação – com a possível retomada das obras de implantação do modal – desde que foi ajuizada uma ação em que o governo pediu paralisação dos prazos contratuais.

Também participam da reunião o procurador-geral do Estado, Rogério Gallo, o secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos, o secretário-chefe da Casa Civil, José Adolpho, o secretário de Comunicação, Kleber Lima, e o governador Pedro Taques (PSDB).

“As auditorias tinham essa finalidade. Se falava tanto em auditorias porque eram, justamente, uma cautela do governador. Ele determinou que tudo o que fosse auditado, fosse compartilhado. Se tornou uma via de mão dupla: nós subsidiamos a Polícia Federal e o Ministério Público Federal e Estadual e eles nos subsidiam para tomar a decisão mais responsável”, afirmou.

Veja a íntegra da nota divulgada pelo governo:

“Sobre a Operação Descarrilho desencadeada nesta quarta-feira (09.08) pela Polícia Federal e Ministério Público Federal para apurar, segundo o noticiado pela imprensa, ilícitos relacionados ao contrato e a execução das obras do VLT Cuiabá – Várzea Grande, o Governo do Estado de Mato Grosso esclarece o que segue:

01) O Governo de Mato Grosso apoia integralmente todas as investigações que visem esclarecer as circunstâncias relacionadas a esta obra contratada, iniciada e paralisada pela administração passada, inclusive porque já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos contribuintes mato-grossenses;

02) A atual administração é coautora, juntamente com os Ministérios Públicos Estadual e Federal, de ações judiciais, ainda em 2015 e 2016, pela suspensão do contrato com o Consórcio e por improbidade contra as partes envolvidas – no caso, ex-gestores da Secopa e o consórcio que assinaram o contrato. Além disso, o Governo do Estado já instaurou procedimentos administrativos-disciplinares contra todos os servidores públicos que dirigiram a Secopa durante a celebração do contrato com o Consórcio VLT;

03) A atual administração informa que não pagou nenhum valor ao Consórcio desde janeiro de 2015 por entender que as despesas alegadas eram controversas e necessitavam de checagem. Para isso, o Governo do Estado, como é de conhecimento público, determinou auditorias pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e contratou a empresa KPMG, que realizou outra auditoria independente sobre o contrato, cujos relatórios foram compartilhados com o MPE, MPF, Justiça Federal e sociedade;

04) À luz destas auditorias, e sem o conhecimento dos fatos que vieram à tona apenas nesta data, o Governo do Estado iniciou este ano um diálogo com o Consórcio para a retomada da obra – frise-se, que já custou mais de R$ 1 bilhão ao povo de Mato Grosso – exigindo o esclarecimento de todos os pontos controversos, e sempre com a participação dos ministérios públicos, do judiciário e da sociedade, com a máxima transparência, inclusive incluindo cláusulas de compliance na proposta apresentada para a retomada das obras. Retomada esta que só acontecerá mediante anuência dos ministérios públicos e judiciário, desde que preservada moralidade e o interesse público;

05) Diante do exposto, acatando posicionamento da Secretaria de Cidades (Secid), Procuradoria Geral do Estado (PGE) e Controladoria Geral do Estado (CGE), o governador Pedro Taques determinou a suspensão do diálogo para a retomada da obra com o Consórcio VLT Cuiabá – Várzea Grande, até que se esclareça em definitivo o objeto desta nova operação, sempre no melhor interesse do povo de Mato Grosso.

Cuiabá-MT, 09 de agosto de 2017.

GCOM – Secretaria do Gabinete de Comunicação do Governo de Mato Grosso”

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