O governador Mauro Mendes apresentou nesta quarta-feira (2) um balanço dos três anos de sua gestão aos deputados estaduais. Disse que Mato Grosso saiu de um “estado tenebroso” para um “estado mais seguro”, fez acenos aos aliados e criticou indiretamente os opositores.
Os pontos destacados por ele foram os acertos das contas públicas e o aumento da fatia do orçamento para investir em serviços públicos. O primeiro grupo incluiria tanto pagamento em dia dos prestadores serviços, redução da cota da folha de pagamento.
“Eu peguei um Estado com o qual ninguém queria contratar porque ninguém recebia, hoje 95% dos prestadores de serviços recebem cinco dias de terminar o mês. O gasto com a folha de pagamento que estava acima de 50%, começou este ano com 47%, já com o pagamento da RGA, [revisão dos salários pela inflação]”, afirmou.
Segundo ele, essas mudanças, junto com o pacote de ajuste fiscal aprovado no primeiro mês de mandato pela Assembleia Legislativa, possibilitou o governo chegar ao último ano de mandato com 15% do orçamento – cerca de R$ 3,9 bilhões – disponível para aplicar em serviços.
Aliados e opositores
No discurso que durou cerca de 1 hora, o governador ainda criticou o deputado estadual Ulysses Moraes (PSL), sem citar o nome, por divulgação de supostas informações falsas (fake news), como trabalho de oposição.
“Muito do trabalho o governo fez tem as digitais dos deputados. Mas eu também tive que viver, nesses três anos, com muita fake news, com pessoas xingando, fazendo videozinho para postar na internet, achando que só com isso é fazer oposição”, afirmou.
No âmbito federal, ele citou os nomes de Nelson Barbudo (PSL), que já fez críticas à sua gestão, e Rosa Neide (PT), entre os que deram apoio, até o momento, ao governo estadual.
Também foram citados, Nergi Geller (PP), Carlos Bezerra (MDB) e Juarez Costa (MDB). José Medeiros (PODE), com quem Mauro Mendes tem rixa em torno das críticas ao governo federal, e Emanuelzinho (PTB), filho do prefeito Emanuel Pinheiro não foram lembrados.
“Para terminar, quero dizer que daqui a pouco eu vou ter que decidir se vou ser ou não ser candidatos e vocês [deputados] também farão suas decisões. Só peço que não percam o foco, para continuar a fazer o Estado funcionar”, pontuou.
