Na mesma semana em que a internet foi inundada com notícias sobre vídeos “realistas” criados por inteligência artificial, 20 gigantes da indústria de tecnologia se reuniram para discutir como impedir que esse tipo de conteúdo atrapalhe as eleições de 2024?
Lembrando, neste ano, os Estados Unidos escolhem um novo presidente, mas este não é o único país onde haverá eleições. Mais de 40 nações terão algum tipo de eleição em 2024.
As big techs (como são chamadas) assinaram um acordo em que se comprometem a combater o uso enganoso de inteligência artificial nas eleições. Coisas do tipo:
- áudio, imagens e (agora) vídeos que falsifiquem fatos a respeito de candidatos e outros líderes políticos
- conteúdos num geral com informações falsas que possam comprometer o voto dos eleitores
Entre as empresas que assinaram o acordo estão plataformas de redes sociais, como Meta (dona do Facebook e Instagram), TikTok e X (o antigo Twitter), além da Google.
Vale lembrar que, dias antes, a Meta já havia anunciado que vai começar a colocar rótulos em imagens geradas por inteligência artificial que forem publicadas no Facebook e Instagram.
Além de identificar esse tipo de conteúdo, o acordo prevê que as big tech devem investir em:
- programas de educação da sociedade a respeito do tema
- ser transparentes sobre como estão tentando resolver o problema
- analisar de forma apropriada esse tipo de conteúdo publicado nas redes
Vídeos realistas gerados por inteligência artificial
E caso você não tenha visto, a OpenAI – sim, a empresa responsável pelo ChatGPT – lançou nesta semana uma nova forma de inteligência artificial. A Sora, como foi batizada, é capaz de criar vídeos “realistas” de até 1 minuto a partir de instruções em texto.
(Acredite! Nada do que está nessas imagens existe de verdade)
Por enquanto, o sistema não está disponível para o público. Ele vem sendo testado por um tipo de “comitê de risco” e por artistas, designer e cineastas escolhidos a dedo pela OpenAI.
No caso do comitê, a missão é avaliar a possibilidade e tentar evitar que conteúdo inapropriado seja produzido pela nova inteligência artificial.
Já os artistas, designers e cineastas devem dar feedbacks de como a ferramenta pode se tornar ainda melhor para o tipo de trabalho produzido por eles.
