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Força Nacional segue em Usina; MPF abre inquérito para investigar agressão

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Força Nacional segue em Usina; MPF abre inquérito para investigar agressão

Força Nacional Brasileira/Assessoria

Força Nacional na Usina São Manoel

A Força Nacional vai continuar ocupando o canteiro de obras da Usina São Manoel até que a situação se tranquilize, informou a Empresa de Energia São Manoel (EESM), responsável pela construção do empreendimento.

Segundo portaria do Ministério da Justiça, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (17), os militares poderão ficar no local até 31 de dezembro deste ano.

Conforme o texto, os militares deverão atuar nas “atividades e serviços imprescindíveis à preservação de ordem pública e da incolumindade das pessoas e do patrimônio”.

No último sábado (13), uma tentativa de invasão liderada por indigenas de aldeias das etnias munduruku, apiaká e kayabi acabou frustrada pela ação do policiamento. A Força Nacional utilizou bombas de efeito moral para evitar que a usina fosse ocupada.

Investigação
O Ministério Público Federal (MPF) abriu inquérito, nesta terça-feira (17),  para investigar se os índios foram agredidos durante o conflito. Mesmo com a barreira policial alguns indígenas entraram na usina e conversaram com alguns responsáveis. Mais tarde, eles foram levados até o município de Alta Floresta, onde esperam ser recebidos pelas autoridades.

Em julho, a comunidade já havia paralisado as obras tomando todo o canteiro e protestando contra danos ambientais e sociais causados pelas obras.

A manutenção da Força Nacional tornou-se necessária principalmente porque a hidrelétrica está em fase final de construção e deve começar a operar e produzir energia já no primeiro semestre de 2018.

Autorização
O cerco foi autorizado pela Justiça Federal em Sinop na semana passada, a pedido da própria EESM. As etnias próximas das obras, que vivem em aldeias um pouco mais abaixo do rio Teles Pires, temem que a área sofra mais impactos após o enchimento do reservatório da usina, previsto para este mês.

Eles pedem que o Ibama suspenda a licença de operação da hidrelétrica, liberada no início de setembro, enquanto não houver diálogo com os moradores. A empresa diz estar cumprindo com compromissos de compensação ambiental acordados com as comunidades e a Fundação Nacional do Índio (Funai).

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