Judiciário

Feminicídio: homem é condenado a 19 anos de prisão por matar companheira

Ronaldo Gomes Correa é acusado de matar a companheira Maria do Socorro Monteiro da Costa, na Capital, em março deste ano

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Feminicídio: homem é condenado a 19 anos de prisão por matar companheira
(Foto: Ekaterina Bolovtsova / Pexels)

Ronaldo Gomes Correa foi condenado a 19 anos de reclusão pelo homicídio qualificado da convivente Maria do Socorro Monteiro da Costa. O julgamento foi realizado nessa segunda-feira (5) e reconheceu as qualificadoras de motivo fútil, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio (contra a mulher por razões da condição de sexo feminino).

Conforme a sentença, o regime para cumprimento da pena será inicialmente fechado e o réu não poderá recorrer em liberdade. Ministério Público de Mato Grosso diz que vai recorrer da sentença e pedir aumento de pena.

O crime

O crime aconteceu há menos de seis meses, no dia 11 de março deste ano, no bairro Jardim PassaredoDe acordo com a denúncia do MPMT, Ronaldo “era conhecido pela vizinhança como uma pessoa extremamente agressiva e ignorante, que frequentemente discutia e destratava a vítima”. As discussões sempre eram estimuladas pelo consumo de bebida alcoólica. Em novembro de 2011, ele chegou a ser preso por agredir a companheira. Após ser solto em audiência de custódia, o casal voltou a conviver sob o mesmo teto.

No dia do crime, o casal foi visto por vizinhos conversando pacificamente em frente à casa onde moravam e tomando cerveja. Hora depois, o homem passou a “agredir violentamente a vítima Maria do Socorro com socos e pontapés, atingindo-a em diversos locais do corpo provocando lesões contundentes”. Não satisfeito, ele apoderou-se de uma faca de cozinha e desferiu um “certeiro golpe na região torácica esquerda da vítima, provocando uma lesão de grande extensão, que atingiu o coração e pulmão, causando a morte por choque hipovolêmico” (perda de grande quantidade de líquidos e sangue).

Pedido de ajuda

Segundo o promotor de Justiça Vinícius Gahyva Martins, que atuou no júri, Maria do Socorro ainda clamou por ajuda, em áudios enviados a um grupo de moradores do bairro. “Ele não somente matou Maria desprovendo-a do socorro, matou o amor que esta nutria e devotava ao seu algoz, que lhe recompensou com uma pontada da lâmina fria e cruel de um punhal que lhe partiu o coração”, afirmou o promotor durante sessão de julgamento.

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(Com Assessoria)

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