A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio) lança, na próxima segunda-feira (4/09), às 8h, na sede da entidade, em Cuiabá, uma campanha contra a pirataria e o contrabando.
O presidente da federação, Hermes Martins da Cunha, afirmou, em entrevista ao programa Estúdio Livre, da Band FM, que as empresas que vendem produtos pirateados deixam de contribuir com o país, pois não pagam impostos.
“Além disso, elas não dão emprego. Se dá emprego, é informal. As pessoas não estão regularizadas. Traz o produto contrabandeado, falsificado. Por trás tem alguém usando trabalho escravo ou de menores de idade. Tudo isso é prejudicial ao nosso país”, afirmou.
Ele espera conscientizar a sociedade para o problema e cobrar os órgãos fiscalizadores.
“Hoje você não tem saúde, não tem educação, segurança então nem se fala, com esses recursos saindo daqui. Não sabemos onde esse dinheiro está plantado. Se estivesse plantado aqui no Brasil, ele ia girar. Então acredito que está sendo levado pra fora”, disse.
“O governo só pensa em aumentar impostos, mas não olha para esse lado que são os produtos piratas e contrabandeados”, criticou.
Falta de fiscalização
O presidente observou que a fiscalização da Receita Federal não é suficiente para a demanda porque o volume de produtos contrabandeados é muito grande. “Infelizmente nossas instituições que deveriam estar fiscalizando estão em situação muito difícil, sem pessoal”, comentou.
“A pirataria no Brasil envolve mais de R$ 40 bilhões. Desde calçados, confecções, eletroeletrônicos, medicamentos, bebidas, perfumes, óculos. Toda semana são apreendidas carretas de cigarro contrabandeado do Paraguai. Perfume, então, nem se fala. Às vezes, você acha que está comprando um produto original, você vai ver, é pirata”, alertou.
