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“Falei que delator tinha que morrer de um modo genérico”, diz ex-chefe de gabinete

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“Falei que delator tinha que morrer de um modo genérico”, diz ex-chefe de gabinete

Ednilson Aguiar/O LIVRE

Silvio

Silvio Corrêa confirma o esquema, mas nega ter sido favorecido: “não ganhei um Real”

O ex-chefe de gabinete de Silval Barbosa, Silvio César Corrêa de Araújo, voltou a negar que tenha feito ameaças a possíveis delatores da Operação Sodoma.

Em depoimento na tarde desta sexta-feira à juíza Selma Arruda, da 7ª Vara Criminal, Sílvio disse ter feito um “comentário genérico” que foi mal-interpretado.

“A gente estava em um ambiente hostil e assistimos à matéria e falei que delator tinha que morrer de um modo genérico. Não tenho, nem teria condições de fazer mal a ninguém”, disse.

Sobre os supostos esquemas de desvio de verbas operados na Casa Civil com a ajuda do procurador do Estado, Francisco Gomes de Lima, o Chico Lima, o ex-chefe de gabinete disse que não recebeu “nem um Real”.

Ele disse que sabia que havia “retorno” em determinados contratos do Estado, mas que seu conhecimento era muito superficial a respeito do assunto.

“Do Pedro Nadaf eu sei que articulou os secretários. Não conversei com nenhum deles. Só com o Chico Lima que era pra dar o parecer no processo”, afirmou.

O depoente confirmou que o ex-governador Silval Barbosa tinha uma dívida com o empresário Valdir Piran e que “parte desse retorno foi para quitar essa dívida”.

Mesmo afirmando não ter tido retorno financeiro, ele disse que interferia em benefício dos processos de “interesse do grupo”. “É claro que tratava com uma diferença. A partir do momento que você leva em mãos para pegar um parecer, é diferente”, disse.

O depoimento foi dado em audiência da quarta fase da Operação Sodoma. O Ministério Público Estadual (MPE) investiga a desapropriação do terreno do bairro Jardim Liberdade por R$ 31,7 milhões pagos pelo Estado. Metade deste valor, R$ 15,8 milhões, teriam retornado ao grupo liderado pelo ex-governador Silval Barbosa por meio da SF Assessoria e Organização de Eventos, uma empresa de fachada.

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