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Fábio Garcia nega atrito com a cúpula do DEM e diz que presidência foi oferecida

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Fábio Garcia nega atrito com a cúpula do DEM e diz que presidência foi oferecida

Ednilson Aguiar/Olivre

Fábio Garcia

Fábio Garcia busca novo partido para acomodar grupo político

O deputado federal Fábio Garcia (sem partido) afirmou que as tratativas dos dissidentes do PSB com a cúpula do DEM em Mato Grosso, liderada por Jayme e Júlio Campos, avançam de forma amistosa. Ele afirmou ainda que a presidência do partido foi oferecida ao seu grupo político pelo próprio dirigente, o deputado estadual Dilmar Dal Bosco.

“Não há qualquer imposição. A presidência do DEM foi oferecida ao nosso grupo pelo Dilmar. Todas as conversas que tivemos com o presidente, Jayme e Júlio foram muito boas. Eles merecem grande respeito pela trajetória política que possuem”, afirmou Garcia ao LIVRE.

O parlamentar disse, porém, que ainda não há definição se o grupo vai mesmo se filiar ao DEM. Apesar de essa ser a maior tendência, ele quer bater o martelo somente depois de consultar todo o grupo aliado, que inclui o deputado federal Adilton Sachetti (sem partido), a bancada de quatro deputados estaduais e um suplente do PSB, além de prefeitos e vereadores.

“Não podemos colocar a carroça na frente dos bois. Não podemos decidir sobre a presidência sem antes estar de fato no DEM. Espero que até o fim do ano tenha haja essa definição”, declarou.

Garcia e Sachetti conseguiram liberação do PSB e se desfiliaram em outubro, depois de seis meses de conflitos com a direção nacional. Os desentendimentos começaram quando Fábio e deputados federais de outros estados votaram a favor da reforma trabalhista, contrariando a orientação partidária.

A divergência no Congresso levou a direção nacional do PSB a destituir Garcia da presidência do PSB em Mato Grosso e nomear em seu lugar o também deputado federal Valtenir Pereira, depois ele passar quatro anos fora da sigla. Mais alinhado com o presidente nacional, Carlos Siqueira, Valtenir recebeu carta branca para reorganizar o partido em Mato Grosso e destituiu as executivas em todos os municípios, o que desagradou a parcela do PSB mais ligada ao grupo ao qual Fábio Garcia pertence, o que inclui o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes e seus aliados.

Ednilson Aguiar/O Livre

 deputado federal Fábio Garcia

Ex-presidente do PSB avalia partidos como PP e PR

Sem janela
Além do DEM, que é o destino mais provável, o ex-presidente do PSB afirmou que as conversas ainda continuam abertas com PR e PP. Garcia elencou algumas condições que colocou aos partidos com os quais conversou: espaço para todos os integrantes do grupo nas executivas municipais e estadual; oportunidade de compartilhar decisões; e espaço político para que os dissidentes se sintam à vontade e bem quistos.

Como foram liberados do partido, Garcia e Sachetti estão livres para se filiar a outra sigla sem perder o mandato. Os prefeitos não têm obrigação de manter a fidelidade partidária e podem mudar de sigla sem problemas. O mesmo não acontece com os deputados estaduais, que terão uma janela de infidelidade partidária apenas em março de 2018. Para os vereadores, a situação é ainda mais complicada: a janela será somente em março de 2020.

Por isso o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, e o secretário-chefe da Casa Civil, Max Russi – que está licenciado do cargo de deputado estadual –, decidiram entrar com um processo na Justiça Eleitoral para conseguirem se desfiliar do partido ainda este ano. A decisão pode ser seguida por outros parlamentares.

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