Ednilson Aguiar/O Livre
O advogado Paulo Taques, ex-chefe da Casa Civil, entrou com um habeas corpus no Superior Tribunal de Justiça (STJ) na tarde desta segunda-feira (7). Taques foi preso na última sexta (4) por decisão do desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça, na investigação que apura grampos ilegais.
Na decisão, o desembargador indicou dois crimes que o ex-secretário teria cometido: denunciação caluniosa, que é denunciar alguém às autoridades sabendo que a pessoa é inocente, e realizar interceptação telefônica com objetivos não autorizados por lei.
A primeira acusação está relacionada aos depoimentos prestados pelas delegadas Alana Cardoso e Alessandra Saturnino. Elas afirmam que Paulo acusou a ex-amante, Tatiane Sangali Padilha, e uma então funcionária de envolvimento numa trama contra o governador Pedro Taques. Com base nisso, os telefones das duas foram grampeados na Operação Querubim – o que teria incorrido no segundo crime.
Em nota, o advogado negou os crimes. Para ele, a prisão – preventiva – foi arbitrária e “absurdamente desnecessária”. Paulo Taques foi levado para o Centro de Custódia da Capital (CCC).