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Ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures é preso em Brasília

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Ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures é preso em Brasília

O ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB) foi preso pela Polícia Federal na manhã deste sábado (03.06) em Brasília. Apontado pela Procuradoria Geral da República (PGR) como o executor de crimes do presidente Michel Temer (PMDB), Loures, que era assessor especial dele, é investigado investigado por corrupção passiva, organização criminosa e obstrução à investigação. Temer é alvo de investigação no mesmo inquérito, sob condução do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin.

Ao reapresentar no Supremo Tribunal Federal pedido de prisão preventiva de Rocha Loures, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o classificou como “homem de total confiança, verdadeiro ‘longa manus’ do presidente da República Michel Temer”. ‘Longa manus’ quer dizer executor de crime premeditado por outro. A prisão do ex-deputado acontece quatro dias após ele perder o foro privilegiado, com a volta de Osmar Serraglio (PMDB) à Câmara Federal, após sua recusa de assumir o Ministério da Transparência, depois da demissão do cargo de ministro da Justiça. Loures era suplente de Serraglio.

Janot insistiu na prisão de Loures tão logo ele perdeu a imunidade parlamentar. No início da Operação Patmos, em 18 de maio, Janot havia pedido a prisão preventiva do então assessor de Temer, mas o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, rejeitou a medida e apenas limitou-se a afastá-lo do mandato. Loures foi flagrado correndo por uma uma rua de São Paulo, em abril, carregando uma mala com R$ 500 mil divididos em 10 mil notas de R$ 50. O dinheiro, segundo ação controlada da Polícia Federal, veio da JBS. Ele e Temer são alvo de um mesmo inquérito sob condução deFachin. A Procuradoria suspeita da prática de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução à investigação. Temer nega ter cometido ilícitos.

Janot reafirmou que o ex-assessor especial do presidente “aceitou e recebeu com naturalidade, em nome de Michel Temer”, oferta de propina de Joesley Batista, acionista da JBS. O procurador se refere a uma propina de 5% que teria do acertada com Loures sobre o benefício econômico a ser auferido pelo grupo J&F, especificamente em favor da Empresa Produtora de Energia (EPE) Cuiabá. O então assessor especial de Temer teria, em contrapartida, de interceder em favor do grupo em processo administrativo no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão antitruste do governo federal. “Após esse acordo inicial, momento em que o crime de corrupção se consumara, o deputado federal ainda recebeu os valores da propina acertada do também colaborador Ricardo Saud (diretor de Relações Institucionais da J&F, controladora da JBS)”, disse o procurador. Ao citar a ligação entre Loures e Temer, Janot afirmou ainda “este último permanece detentor de foro por prerrogativa de função no Supremo Tribunal Federal”. O procurador-geral apontou ainda “evidente conexão intersubjetiva e instrumental das condutas em tese praticadas por Rodrigo Loures e Michel Temer.

(Com Agência Estado)

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