O advogado Francisco Faiad (PMDB) é apontado pelo Ministério Público Estadual (MPE) como suspeito de participação no esquema criminoso supostamente liderado pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB), preso desde setembro de 2015 no Centro de Custódia da Capital (CCC).
De acordo com a investigação, parte do dinheiro do esquema, R$ 1,7 milhões, abasteceu a campanha de Lúdio e Faiad , que disputaram a eleição de 2012 para os cargos de prefeito e vice-prefeito de Cuiabá, respectivamente. O valor serviu para quitar dívida junto à empresa Marmeleiro, entre fevereiro e agosto de 2013, fornecedora de combustível, durante o período eleitoral.
Outro montante de R$ 916.875,00 também é citado na acusação. O valor teria sido arrecadado no período de setembro a novembro de 2013. De acordo com a decisão, a soma foi destinada à formação de um caixa da futura campanha eleitoral do grupo político de Silval Barbosa no ano de 2014, grupo ao qual pertencia Faiad, que concorreu ao cargo de deputado estadual. Nesta mesma eleição, Lúdio disputou o governo de Mato Grosso.
Pela denúncia do MPE, em contraprestação, Francisco teria recebido parte da propina que a empresa pagava à organização criminosa, no valor aproximado de R$ 192.000,00.
O esquema vem desde a gestão do antecessor de Faiad, na antiga Secretaria de Estado de Administração, Cesar Zílio, preso e delator da segunda fase da Operação Sodoma.
“Dessa forma, recebeu o mesmo encargo do seu antecessor, aderindo aos atos criminosos que até então eram praticados. Consta que ele teria recebido diversas missões, entre elas, a garantia da continuidade do pagamento regular pelo fornecimento combustível da empresa Marmeleiro Auto Posto Ltda., assim como sua manutenção como fornecedora de combustível para a frota de veículos do Estado de Mato Grosso”, cita a decisão da juíza Selma Arruda da 7ª Vara Criminal da Capital.
Esta decisão levou à prisão de Faiad, nesta terça-feira (14), na quinta fase da Operação Sodoma, e à condução coercitiva de Lúdio.
