Ednilson Aguiar/Olivre
Emanuel Pinheiro não quer polemizar sobre a CPI do Paletó
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), evitou polemizar sobre o avanço da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó. Nessa quarta-feira (06), o presidente da CPI, o vereador Marcelo Bussiki (PSB), aprovou a convocação de dez pessoas para depor, entre elas o irmão do prefeito, Marco Polo Pinheiro, conhecido como “Popó”.
“Eu respeito a independência do Poder Legislativo”, afirmou o prefeito, via assessoria. “O que a Câmara decidir sobre a CPI, deve ser feito”, completou. Emanuel está sendo investigado por suposta quebra de decoro e obstrução da Justiça. Ele deve ser o último a ser ouvido pela CPI. Os depoimentos começam em fevereiro.
Também devem depor o ex-governador Silval Barbosa (ex-PMDB), seu ex-chefe de gabinete Silvio César Correa e o servidor Valdecir Cardoso de Almeida, responsável por instalar a câmera que filmou Emanuel e outros deputados recebendo dinheiro das mãos de Silvio.
Segundo os delatores Silval e Silvio, o dinheiro era de propina para que os então deputados estaduais aprovassem projetos do governo. A defesa de Emanuel sustenta que o dinheiro era para pagar uma dívida de Silval com o instituto de pesquisa Mark, que pertence a Popó.
Serão convocados ainda o ex-secretário de Indústria e Comércio Allan Zanata e o perito judicial Alexandre Perez. Além disso, serão convidados o delegado da Polícia Federal Wilson Rodrigues de Souza Filho e os agentes Adha de Oliveira Omote e Marcelo Pimenta Orge.
O relator da CPI, Adevair Cabral (PSDB), tentou emplacar outros convocados para depor, entre eles o ex-prefeito Mauro Mendes (PSB) e o ex-senador Osvaldo Sobrinho (PTB). O presidente, porém, recusou os nomes, alegando que não têm pertinência com o objeto da investigação.