Ednilson Aguiar/O Livre
Prefeito Emanuel Pinheiro: irmão músico nos Estados Unidos seria o destinatário de transferências
O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), afirmou que os comprovantes de transferência de dinheiro para o exterior apreendidos em sua casa pela Polícia Federal nada têm a ver com as investigações da operação Malebolge, deflagrada em setembro com base em trechos da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
Segundo Emanuel, o dinheiro tinha como destino seu irmão, Marco Túlio de Freitas Pinheiro, que é músico e vive nos Estados Unidos há 25 anos. O prefeito não detalhou valores, mas afirmou que continuará fazendo as transferências.
“Eu achei até graça essa história de remessa de dinheiro para o exterior. É para a minha família. A gente sempre ajudou. Vou mandar mais dinheiro para ele no mês que vem. Minha mãe manda todo mês. Isso é a coisa mais normal do mundo”, disse.
Emanuel foi um dos alvos da operação Malebolge por ter sido acusado pelo ex-governador Silval Barbosa de ser um dos deputados estaduais que teria recebido propina durante a gestão do peemedebista para, em troca, apoiar projetos do governo na Assembleia Legislativa.
As declarações de Silval são embasadas em vídeos feitos na sala de seu antigo chefe de gabinete, Silvio César Corrêa de Araújo. Nas imagens anexadas à delação, além de Emanuel Pinheiro, mais de uma dezena de outros políticos aparecem recebendo dinheiro das mãos de Silvio.
A defesa do prefeito vem alegando que o dinheiro recebido por Emanuel no vídeo é referente a uma dívida que Silvio teria contraído com outro irmão do hoje prefeito: Marco Pólo de Freitas Pinheiro, o “Popó”. O pagamento seria por pesquisas eleitorais que teriam sido encomendadas a ele.
