Centros que atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) registraram uma queda de 75% nos atendimentos a mulheres em rastreamento ou tratamento de câncer de mama entre março e abril deste ano, em comparação ao mesmo período de 2019.
Os dados são da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e o motivo especulado é a pandemia do novo coronavírus.
Números que ficam ainda mais alarmantes se comparados com outro: cerca de 5,6 milhões de mulheres já não seguiam – antes da pandemia – a rotina de exames anuais com um ginecologista.
O estudo foi feito em 2019 pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em parceria com o Datafolha.
Ginecologista membro da plataforma Doctoralia, Helena Proni Fonseca Saú afirma que esse tipo de cuidado é importante em todas as idades, mas principalmente para mulheres acima dos 40 anos.
“Nessa idade, algumas doenças são mais comuns, como o câncer de mama, câncer de colo de útero e as doenças cardiovasculares. O câncer de mama, por exemplo, quando diagnosticado nos estágios iniciais, tem uma taxa de sobrevida em 5 anos entre 80% e 99%. Nos estágios mais avançados, essa porcentagem cai para 30%”.
Para evitar deslocamentos até os consultórios, a médica lembra que é possível realizar uma consulta à distância. “Além de ser possível pegar um encaminhamento para exames, também conseguimos utilizar a ferramenta para discutir e orientar certos problemas que dispensem o exame físico”, ela explica.
LEIA TAMBÉM
- Consultas pela internet e receita digital: saiba como conseguir um médico sem sair de casa
- Consultas médicas à distância ganham força em Cuiabá; CRM acredita em eficácia
(Com Assessoria)