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Consultas médicas à distância ganham força em Cuiabá; CRM acredita em eficácia

Infectologista diz já ter atendido mais de 100 pacientes em teleconsultas desde abril

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Consultas médicas à distância ganham força em Cuiabá; CRM acredita em eficácia
(Foto: Ministério da Saúde/Divulgação)

O Ministério da Saúde reconheceu, em março deste ano, o exercício da telemedicina no Brasil. A medida consta na portaria 467, publicada no Diário Oficial da União e regulamenta os atendimentos médicos à distância. A liberação, entretanto, só é válida enquanto durar a pandemia do coronavírus.

Em Cuiabá, o médico infectologista Cassius Clay Azevedo afirma que há alta na procura de pacientes pelo teleatendimento. Segundo ele, ser consultado por um profissional sem sair de casa e incorrer em risco desnecessário à saúde é um dos benefícios.

“A vantagem é que a telemedicina permite o acompanhamento de pacientes de todos os perfis: os que já sofrem com alguma doença crônicas, como diabetes, hipertensão, obesidade e outras e também àquelas que estão com sinais de alerta de outra doença, principalmente à covid-19”, explica o médico.

Desde abril, ele diz ter atendido mais de 100 pacientes. O atendimento é feito através do telefone, ou por videoconferência. A escolha é do paciente.

Após o contato por telefone, os dados são valiados e, na sequência, a consulta é iniciada, como a presencial, ouvindo o paciente, as queixas, sintomas. Na teleconsulta, o médico pode inclusive receitar medicamentos e exames.

Para garantir a veracidade de documentos, como receitas e pedidos de exames, todos os pedidos devem ser autenticados digitalmente.

O que pensa o CRM?

A presidente do Conselho Regional de Medicina (CRM-MT), Hildenete Monteiro, diz acreditar na eficácia da telemedicina, especialmente, segundo ela, em um momento em que a aglomeração e o contato físico estão impedidos.

“É algo que pode ser feito. O ideal é que se for um paciente novo se faça uma consulta presencial primeiro para fazer o histórico. Ou, se não for possível, elaborar um prontuário o mais completo que der”, afirma.

Os riscos, entretanto, não são deixados de lado. Para Hildenete, a relação médico-paciente é a que a fica mais abalada.

“Sem esse contato, pode ser que a consulta fique em um campo muito superficial. Afinal, o médico não está fazendo um exame físico. Ainda assim, acredito que em um futuro próximo as teleconsultas ganhem ainda mais espaço”, declara.

SUS também deve aderir

Os pacientes do Serviço Único de Saúde, o SUS, também podem ter consultas virtuais. Uma plataforma do Ministério da Saúde permite que a realização a modalidade.

A teleconsulta se dará pelo canal com que o paciente tenha mais afinidade, podendo ser realizada por telefone ou videoconferência.

A escolha pelo tipo de modalidade de atendimento está condicionada à situação clínica, e a decisão cabe ao profissional e à pessoa a ser atendida.

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