A Polícia Federal (PF) forneceu imagens do garimpo em Aripuanã, onde está em andamento uma operação de combate à extração ilegal de minérios. Ainda não há informação sobre prisões ou materiais apreendidos, porque o local não tem comunicação via celular ou internet.
Conforme o assessor de Assuntos Estratégicos da Prefeitura de Aripuanã, Bartolomeu Casteliano, ninguém sabe como começou o garimpo, mas certamente as mídias sociais e as fake news estimularam o avanço.
Ele conta que a notícia se espalhou e logo foram para os grupos de WhatsApp, Facebook e Instagram. Em muitos casos, eram imagens de outros lugares apresentadas como se fossem de Aripuanã.
“Em alguns meses, mais de 2 mil pessoas invadiram a cidade em busca de enriquecer com o ouro. Grande parte pais de família que queriam uma oportunidade”.
A situação criou um problema social na cidade e, tanto o poder público, como a sociedade civil, organizaram-se para pagar passagem para as pessoas que foram para o município, mas não conseguiram achar nada.
“Eles pediam para voltar para casa e muitos tinham viajado mais de 3 mil quilômetros para chegar ao garimpo”.
Outro problema criado pela corrido pelo ouro foi a sobrecarga dos serviços de saúde e segurança.
Área privada
Bartolomeu afirma ainda que a área é particular e a invasão foi de uma região de serra, localizada a menos de 25 km da cidade.
“É um garimpo praticamente dentro da cidade”.
Operação
Hoje pela manhã, 160 agentes da Polícia Federal, Polícia Civil, Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) e da Secretaria de Meio Ambiente foram ao local.
Ações estão previstas para acontecer ao longo da semana.
Esta é a segunda fase da operação, sendo que a primeira fase foi realizada há 11 dias nas cidades de Juína, Aripuanã, Alta Floresta e Paranaíta. Elas foram motivadas pela apreensão de uma aeronave, carregada com 6,51 kg de ouro, que aconteceu em junho deste ano.
O produto não tinha origem legal e pode ser fruto da extração ilegal na região, que se iniciou em novembro do ano passado.