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Diagnóstico precoce: apenas 40% das mulheres fazem o retorno ao médico após os exames

Pesquisa apontam que haverá aumento da incidência de câncer e especialistas reforçam a necessidade das avaliações preventivas

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Diagnóstico precoce: apenas 40% das mulheres fazem o retorno ao médico após os exames
(Foto: Reprodução)

Casos de câncer devem aumentar 42% nos próximos dez anos, no Brasil, subindo de 625 mil atuais para mais de 887 mil pessoas com a doença. É o que aponta um estudo realizado pelo The Economist Intelligence Unit em parceria com a Varian Medical System. Entre as justificativas para essa estimativa estão: o envelhecimento da população, a maior incidência do consumo de cigarro e bebidas alcoólicas e da obesidade, principalmente na pandemia de covid-19.

Diante deste cenário, se faz necessário os exames de rotina, essenciais para o diagnóstico precoce,  bem como os retornos pedidos pelo médico, o que nem sempre é realizado pelas pacientes.

Uma pesquisa realizada pelo Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria), a pedido da farmacêutica Pfizer, denominada “Câncer de mama: tabu, falta de clareza sobre a doença, diagnóstico precoce e autocuidado”, indica que, um dos problemas para diagnóstico precoce do câncer é que 78% das mulheres fazem acompanhamento ginecológico, sendo que apenas 40% delas realizam todos os exames solicitados e retornam ao médico com os resultados. Porém, 8% fazem os exames, mas não voltam para avaliação se acreditarem que está tudo bem.

“Foi um soco na cara.” Assim a engenheira Carolina Lopes define o sentimento de quando descobriu o câncer de mama. Ela sentiu o nódulo pela primeira vez aos 28 anos com o autoexame. Foi a dois médicos, mas pelo tamanho, histórico familiar e idade, foi descartada a necessidade de investigar. Um ano depois, sentiu o caroço maior e voltou ao especialista, que pediu exames com urgência. 

“Não sei se foi sorte ou destino, mas quando liguei para marcar o exame tinha uma desistência e fui correndo para lá. Na hora, o médico que me atendeu alertou que o nódulo estava em um tamanho que é limite entre o benigno e maligno, que eu deveria fazer biópsia para receber o resultado e começar o quanto antes a quimioterapia”, relembra. 

Após essa notícia, a engenheira voltou ao consultório da médica onde pegou uma guia do plano de saúde para realizar a biópsia e a indicação de um mastologista. “Tive sorte porque consegui tudo muito rápido. Mas precisei atravessar a cidade para todas essas consultas. Com certeza, se um local só abrigasse todos os serviços, desde o exame preventivo, diagnóstico e tratamento facilitaria muito. Todo esse processo é muito desgastante e abala o psicológico”, complementa Carolina. A engenheira precisou fazer uma mastectomia unilateral da mama esquerda e 16 sessões de quimioterapia para vencer a doença. 

A oncologista Rosane do Rocio Johnsson ressalta que o acompanhamento de rotina é fundamental para o sucesso no tratamento. “Assim como qualquer tipo de câncer, quanto mais cedo o tumor for diagnosticado, as chances de cura aumentam. A doença pode ser detectada em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando a possibilidade de tratamentos e com maiores taxas de sucesso”.

(Informações da Assessoria)

 

 

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