Os deputados estaduais devem mexer no formato da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa. Eles querem distribuir o poder de comando, que hoje se concentra nas mãos do presidente e do primeiro-secretário.
O deputado Júlio Campos (União Brasil) diz que o modelo de “semipresidencialismo” está saturado e gera insatisfação. No sistema semipresidencialista, uma pessoa concentra três funções de comando – chefe do Executivo, do governo e do Estado.
“Só têm dois que apitam [na Mesa], o presidente e o [primeiro-]secretário. Queremos que a próxima Mesa Diretora não seja exclusiva de dois ilustres cidadãos. Será apresentada aos possíveis candidatos a presidente e primeiro-secretário uma série de reinvindicações”, afirmou.
A reformatação de comando está sendo discutida no contexto da próxima eleição da diretoria, marcada para setembro. Júlio Campos trabalha mais o lado político da articulação, ouvindo as reclamações de colegas que se dizem insatisfeitos com a atual distribuição de poder.
Paralelamente, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que começou a tramitar há algumas semanas na Assembleia, aumenta 4 cargos na Mesa Diretora. Os novos cargos ficam logo abaixo do presidente e pulverizam a autoridade de vice-presidente e secretários.
A PEC foi assinada por lideranças partidárias, sem identificar um deputado em específico. O beneficiado deve ser o deputado Max Russi (PSB), principal nome a presidente até o momento. Abrir espaço na próxima Mesa Diretora também aumenta o leque de negociações na formação de chapa.
Hoje, Max Russi já tem ao seu lado Júlio Campos e Janaína Riva (MDB). A deputada deve assumir o cargo de primeira-secretária na chapa e Júlio Campos, de vice-presidente.
