O pré-candidato a prefeito de Cuiabá, deputado Eduardo Botelho (União Brasil) disse hoje (2) que irá revisar os contratos da prefeitura, se for eleito em outubro, e os acordos com sua família serão interrompidos, exceto a concessão de transporte público.
“Eu vou fazer uma revisão em cima dos contratos, um pente-fino, e tudo que tiver parentesco meu vai ser excluído. Não é compatível [eu] estar na prefeitura e ter um parente de primeiro grau prestando serviço. Eu fiz isso na Assembleia com a locação de veículos e vamos fazer na prefeitura”, disse em entrevista à rádio CBN.
Os contratos da família Botelho com a Prefeitura de Cuiabá já são explorados por concorrentes eleitorais. O deputado federal Abílio Brunini (PL), por exemplo, diz que poderá haver conflito administrativo se Botelho for eleito e seus parentes continuarem a prestar serviços.
As críticas são com empreiteira de construção ligada a Eduardo Rodrigo Botelho, filho do deputado estadual. A empresa tem contratos com a Secretaria de Obras e a Secretaria de Mobilidade Urbana, cujos valores estariam em torno de R$ 30 milhões.
Botelho disse que Abílio “teve má-fé” ao associá-lo com a empresa, pois não existiria mais vínculo dele com o grupo. A família Botelho também tem a outorga do serviço de transporte público. Ela é dono de uma empresa de ônibus.
Botelho disse que deixará esse acordo de fora das eventuais suspensões por causa do modelo, a concessão é outorga via licitação pública para um longo prazo. O contrato atual iniciou em 2019 com duração de 20 anos. “Romper essa concessão é algo complicado. O transporte não, no transporte vamos fazer melhorias”, afirmou.
