Ednilson Aguiar/O Livre
deputado estadual Leonardo Albuquerque
O vice-líder do governo, deputado Leonardo Albuquerque (PSD), vai pedir à Mesa Diretora que dissolva a atual Comissão de Ética da Assembleia Legislativa em função da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Três dos cinco membros titulares do grupo foram citados pelo ex-governador, além de três suplentes. O deputado defende que a comissão comece a investigar os parlamentares delatados.
“Esse é o momento de a Comissão de Ética acompanhar o processo. Não estou apontando o dedo para ninguém, mas há cobrança da sociedade”, justificou.
Leonardo desconversou, porém, ao ser questionado se pretendia compor a nova comissão e se considerava necessária a abertura de processos contra os deputados delatados.
“Vamos pedir que se forme uma nova comissão e que ela acompanhe a situação. A partir daí, ela vai seguir os ritos e os membros vão decidir o que fazer e que atitudes tomar”, disse.
Dos titulares da atual comissão, apenas Janaina Riva (PMDB) e Saturnino Masson (PSDB) ficaram de fora da delação que foi apelidaa pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) como “monstruosa”. Foram delatados Pedro Satélite (PSD), Oscar Bezerra (PSB) e Silvano Amaral (PMDB). Dos membros suplentes, os alvos de Silval foram Ondanir Bortoloni, o “Nininho” (PSD), Guilherme Maluf (PSDB) e Romoaldo Junior (PMDB).
Sem surpresa
Leonardo disse que não se surpreendeu com a operação deflagrada nesta quinta. “Com a situação que foi exposta, era natural uma movimentação nesse sentido. Eu esperava uma ação da Justiça até para não ficar desmoralizados”, disse.
O deputado avaliou que a operação desgasta ainda mais a imagem do poder Legislativo. Na sua avaliação, porém, ela é necessária. “A imagem da Assembleia já estava ruim e Mato Grosso vem sendo palco de operações há algum tempo. Não é um momento bom, mas é necessário. As coisas precisam ser expostas”, concluiu.