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Deputado mudou de voto sobre VLT por medo de reação popular

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Deputado mudou de voto sobre VLT por medo de reação popular

Ednilson Aguiar/O Livre

deputado Gilmar Fabris

 

O medo da opinião pública foi o que motivou o deputado estadual Wagner Ramos (PSD) a mudar de posição e votar contra a emenda que pedia a rescisão do contrato do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).  Membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa, ele foi um dos autores da emenda ao projeto de resolução, mas recuou na hora da votação. Dilmar Dal’Bosco (DEM), líder do governo, também fez a mesma coisa.

“Não quero ser citado na história de Mato Grosso como um cara que atrapalhou o VLT”, disse Ramos. “Ia ficar para a história um negócio desse. Já pensou se colocam um outdoor ‘Esses deputados votaram contra o VLT’? E ser tachado por isso para o resto da vida? Porque o VLT vai ser o transporte do futuro. Aí meu filho vai me perguntar ‘pai, lá na década de 2017 o senhor enterrou o VLT?’”, justificou o deputado.

A emenda tinha como objetivo deixar clara a recomendação para que o contrato com o consórcio VLT Cuiabá fosse rompido. Isso porque, em nenhum momento, o relatório expressa essa recomendação.

Minutos antes da votação, o ex-secretário de Cidades Wilson Santos (PSDB) recomendou à base governista que votasse contra. “Se for aprovada, essa emenda pode atrasar por mais alguns anos a obra do VLT”, afirmou, na tribuna. No fim, a emenda foi rejeitada em plenário por 10 votos a 7. O relatório final – sem nenhuma sugestão para que o atual governo rompa com o consórcio do VLT – foi aprovado por unanimidade na quarta, 26. 

Sem consequências
Dilmar Dal’Bosco é um dos que afirmam que a emenda não altera em nada o resultado da CPI. Diz que foi por isso que votou contra depois de assinar a proposta junto com os outros membros da CPI. Ao contrário do colega, o líder afirma que o medo da opinião pública não influenciou sua decisão.

“Eu não tenho a mesma opinião do Wagner”, disse. “Assinei a emenda porque todos os membros da CPI assinaram e votei contra porque ela não trazia nada de novo ao relatório. A emenda ao projeto de resolução não serve para modificar o relatório, só serve para modificar o projeto de resolução. E a resolução é interna, não vale nada fora da Assembleia”, explicou.

O deputado do DEM afirmou que as modificações para incluir na CPI a recomendação para rescindir o contrato deveriam ser feitas no relatório, e não no projeto de resolução, pois na resolução não terá efeito prático. “Era só pedir vista do relatório e fazer um adendo acrescentando isso. O que Wilson falou não tem nexo”, disse. 

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