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Depois de mais de um mês, quatro investigados ligados à Faespe permanecem presos

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Depois de mais de um mês, quatro investigados ligados à Faespe permanecem presos

Ednilson Aguiar/O Livre

Gaeco Operação Convescote

Gaeco calcula que ao menos R$ 3 milhões tenham sido desviados entre 2015 e 2017

Dos 22 denunciados em decorrência da Operação Convescote, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) no dia 20 de junho, quatro ainda permanecem presos, entre eles, o servidor do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Marcos José da Silva, apontado como suposto líder do grupo criminoso.

O Gaeco investiga um esquema de desvio de recursos por meio de convênios firmados entre a Fundação de Apoio ao Ensino Superior Público Estadual (Faespe) e órgãos da administração pública, como a Assembleia Legislativa, Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), prefeitura de Rondonópolis e TCE.

Conforme o Gaeco, a Faespe sub-contratava empresas, algumas delas de fachada, para a prestação dos serviços. Ao menos R$ 3 milhões de dinheiro público teriam sido desviados entre 2015 e 2017.

Ex-secretário de Administração do TCE, setor que administrava todos os convênios firmados pelo tribunal, Marcos, de acordo com os promotores, escolhia quais empresas fantasmas fariam parte do esquema.

Ele é marido de Jocilene Rodrigues de Assunção, uma das denunciadas, funcionária da Faespe e representante do Conselho Administrativo da Sicoob, banco que pagava os envolvidos pelos serviços que deveriam ser prestados.

O advogado Maurício Magalhães, responsável pela defesa de Marcos, informou que irá ingressar com um pedido de habeas corpus nas instâncias superiores para que seu cliente, preso no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC), responda ao processo em liberdade. Ele já teve um pedido negado.

Os outros que ainda encontram-se presos são Claúdio Roberto Borges Sassioto que, segundo o Gaeco, aliciava os supostos empresários a participar do esquema; o pai, José Antônio Pita Sassioto, um dos beneficiados, e Hallan Gonçalves de Freitas, funcionário da Faespe que desempenhava dupla função, por também figurar como dono de empresa fictícia contemplada com recursos vultosos.

A sede da H.G. Freitas, de propriedade de Hallan, trata-se de um edifício residencial e foi contemplada com pouco mais de R$ 1 milhão pela Faespe entre 2014 e 2017.

A reportagem entrou em contatos com os advogados dos Sassioto e de Hallan, mas não obteve retorno.

Estabelecida em Cáceres desde 1993, a fundação é ligada à Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e realiza atividades como capacitação profissional, processos seletivos, cursos, seminários, programas de treinamento, entre outros. A prestação de serviços a instituições públicas ocorre há pelo menos dez anos.

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