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DEM vai dissolver 120 diretórios em MT para acomodar dissidentes do PSB

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DEM vai dissolver 120 diretórios em MT para acomodar dissidentes do PSB

Ednilson Aguiar/O Livre

Eduardo Botelho

Eduardo Botelho é um dos dissidentes do PSB que planeja se filiar ao DEM

Os 119 diretórios municipais do DEM em Mato Grosso e o diretório estadual serão dissolvidos para acomodar os dissidentes do PSB. O mesmo acontecerá com todos os estados e a direção nacional. Uma reunião do diretório nacional, na noite desta terça-feira (28), em Brasília (DF), deve definir como será o processo de dissolução e nomeação das novas comissões provisórias.

Todos os diretórios que serão destituídos em Mato Grosso estão dentro da validade dos mandatos. Desses, mais de 30 foram renovados este ano. A abertura, no entanto, é necessária para acomodar os novos filiados, segundo o atual presidente regional da sigla, o deputado estadual Dilmar Dal’Bosco. “Eles não vão vir sem participar da direção do partido. Temos que abrir espaço para que eles entrem no partido. O DEM ficará forte”, afirmou.

O dirigente afirmou que diversos dissidentes do PSB já definiram que vão mesmo se filiar ao DEM. “Eles falaram para mim que está definido”, contou. Entre os que devem se filiar, estão o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho, o deputado estadual Adriano Silva, os deputados federais Adilton Sachetti e Fabio Garcia, e o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes.

Fabio Garcia, por sua vez, negou ao LIVRE que o grupo já tenha definido a filiação ao DEM e disse que discutirá a questão com os aliados em uma reunião na próxima semana. Segundo o ex-presidente do PSB, além do DEM também estão sendo considerados o PP e o PR.

Chapa majoritária
Com a chegada dos novos filiados e o fortalecimento da sigla, o DEM ganha força para pleitear participação na chapa majoritária nas eleições de 2018. Cada coligação terá um candidato a governador, um a vice-governador e dois senadores, com dois suplentes cada. Dal’Bosco voltou a cobrar participação da sigla na chapa ao lado do governador Pedro Taques (PSDB), que deve concorrer à reeleição.

“Não temos nenhuma secretaria e, mesmo assim, estamos sendo fiéis ao governador. O DEM quer uma vaga na majoritária. Temos que colocar tudo isso na mesa para conversar com o arco de alianças, deixar bem alinhado para não ter rusga”, disse.

Além de reivindicar a vaga na chapa, os antigos e novos líderes do DEM terão que definir, ainda, qual será o nome do partido para concorrer: Jayme Campos ou Mauro Mendes. “Toda a militância do DEM clama para que Jayme concorra à majoritária. Ele é o grande líder do nosso partido e eu defendo a candidatura dele”, afirmou Dal’Bosco.

“Agora, cabe a nós ter maturidade para sentar à mesa e conversar sobre isso. A definição do nome depende da análise do processo eleitoral, das pesquisas, e outros aspectos. Nós vamos achar um caminho. Tenho certeza que ninguém vai sair ferido dessa conversa”, ponderou.

Briga no PSB
Os desentendimentos dentro do PSB começaram em abril, quando Fábio Garcia e deputados federais de outros estados votaram a favor da reforma trabalhista, contrariando a orientação partidária. A divergência no Congresso levou a direção nacional do PSB a destituir Garcia da presidência do PSB em Mato Grosso e nomear em seu lugar o também deputado federal Valtenir Pereira, depois de ele passar quatro anos fora da sigla. O DEM articula para receber os dissidentes, com o objetivo de ampliar a bancada no Congresso Nacional e fortalecer a sigla nos Estados. 

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