Em depoimento ao juiz Murilo Mesquita, da 11ª Vara Criminal de Cuiabá, a delegada Alana Darlene Cardoso disse que foi constrangida pelo ex-secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, durante depoimento. Rogers colheu o depoimento da delegada sobre as operações Forti e Querubim.

Na Querubim foram incluídos os telefones de Tatiane Sangalli e Caroline Mariano, ambas ligadas ao ex-chefe da Casa Civil Paulo Taques.

Em 2015, Alana estava lotada na Diretoria de Inteligência da PJC e podia fazer investigação em parceria com delegacias.

A Operação Forti teve apoio do GCCO, com o delegado Flávio Stringueta e também a Derfva (Furto de Veículos).

Ao ser questionada se fez o pedido de interceptações de Tatiane Sangalli e Caroline na Operação Forti, a delegada não quis responder.

“Para não entramos numa seara em que eu não quero me adentrar, eu não vou responder a esta pergunta”, afirmou. “Não houve operação paralela, nem pasta chamada Pequi. Eu pedi à equipe técnica da Diretoria de Inteligência que me informasse se haveria alguma forma de preservar números, para que fossem direcionados a alguns analistas”, informou.

“O que eu sei é que quando uma operação é implantada, todos os analistas têm acesso. Então, busquei uma forma de preservar alguns dos números. Como eles implantaram, eu só fui saber depois”.

Segundo ela, é preciso esclarecer o que é chamado de “desvio”.

“O sistema guardião trabalha com as linhas, que são interceptadas pela operadora. E o guardião é como uma grande central telefônica. É impossível quando há interceptações pelo Guardião que não fique gravado no sistema. O Siga-Me é uma duplicidade, para que haja acompanhamento”.

Ela confirmou que recebeu as gravações resultantes das interceptações.

“Na Operação Querubim, eu e o delegado Flávio [Stringueta] trabalhamos em conjunto. O governador tinha acabado de tomar posse, qualquer atentado contra ele ou qualquer membro do governo seria um atentado contra a segurança pública. Doutor Flávio acompanhou um número e eu outro. Eu ouvi na primeira quinzena da Querubim, em março de 2015, apenas ao telefone da Tatiane Sangalli”, disse.

A delegada afirmou que só escutou enquanto apurava se havia risco à “integridade física e moral” do governador Pedro Taques (PSDB). Depois, passou a responsabilidade ao delegado Flávio Stringueta.

“Eu fui convocada pelo doutor Rogers, sem saber do que se tratava. Eu fui convocada lá e fui bastante constrangida”, afirmou.

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