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Defensores de MT fazem mutirão em Cuiabá para atender vítimas de violência doméstica

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Defensores de MT fazem mutirão em Cuiabá para atender vítimas de violência doméstica
Foto: Ilustração

A Associação Mato-grossense das Defensoras e Defensores Públicos (Amdep) realiza no próximo dia 31, na Praça Alencastro, em Cuiabá, das 09h às 11h30, o projeto “Mutirão em Defesa Delas”, com atendimento e orientação sobre violência e abuso contra a mulher. A ação é uma forma de reduzir os numerosos casos de agressões e mortes de mulheres em Mato Grosso.

Segundo um levantamento da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), com base nos dados lançados no Sistema de Registro de Ocorrências Policiais (SROP), mostra que dos 207 homicídios registrados no Estado 24 envolvem vítimas do sexo feminino, e 12 foram identificados como feminicídios.

“O projeto tem a finalidade de trazer a mulher para mais perto dos seus direitos através da informação, orientação e amparo, já que muitas delas, por falta de conhecimento das leis que as assistem ou por não acreditar na sua eficácia, são submetidas a todos os tipos de agressões e violência no âmbito moral, sexual e/ou físico, onde se vêem numa prisão por não saber como, quando ou onde gritar por socorro”, destacou a vice-presidente da Amdep, defensora Rosana Leite, titular do Núcleo de Defesa da Mulher em Mato Grosso.

Segundo a defensora, o mutirão contará com 2h30 de atendimento e atenção voltados principalmente para aquela mulher que precisa de ajuda para se libertar dessa prisão de agressão e violência que em muitas vezes chega a ser vítima de homicídio, como mostra as estatísticas.

A ação terá o apoio de instituições e órgãos como Tribunal de Justiça (TJ-MT), Ministério Público, OAB-MT (Ordem dos Advogados do Brasil Seccional de Mato Grosso), Conselho da Mulher, Mulheres da Economia Solidária, Polícia Miliar e o Núcleo de Apoio à Primeira-dama de Cuiabá para contribuir, cada um dentro de sua área, para trazer o conhecimento e mostrar que existe caminho por meio da Justiça, como a aplicação da “Lei Maria da Penha” que condena o agressor, protege a vítima e acompanha a mulher na nova vida ajudando a se restabelecer moralmente e financeiramente através dos núcleos de Apoio e Defesa da Mulher.

“Todo esse trabalho, por mulheres mais fortes, independentes e livres, é uma luta contra esses números das estatísticas de violência e agressão cada vez mais alarmantes, para alertar a sociedade que é um problema de todos, porque nossa irmã, mãe, tia, amiga (…), pode estar passando por essa situação e não podemos cruzar os braços e fingir que não está acontecendo nada. Uma mulher pode não conseguir gritar por socorro, mas nós podemos ser a voz dela”, afirma o presidente da Amdep, João Paulo Carvalho Dias.

Canais de ajuda

As mulheres que precisam de auxílio podem recorrer ao Disque 180 e às Delegacias Especializadas de Defesa da Mulher ou qualquer delegacia do município que reside.

 

(Com assessoria)

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