As prefeituras de Cuiabá e Várzea Grande dizem que a provável falta da CoronaVac nas próximas semanas não deve atrasar a segunda dose de quem já foi imunizado nessas duas cidades, mas vai frear o impulso para acelerar a campanha.
A Secretaria de Saúde Várzea Grande diz que, na semana passada, realizou três corujões, com postos abertos à noite, para avançar na eficácia de aplicação. Mais de quatro mil doses foram aplicadas.
Para esta semana, há planejamento de continuar o trabalho por mais horas, mas ele deve ser suspenso para as primeiras doses na semana seguinte por falta de vacinas.
“Não vamos ter problema para aplicar a segunda dose, mas a primeira realmente não vamos ter. Isso depois de todo o esforço na semana passada para estender o trabalho para o período noturno”, afirmou o secretário de Comunicação, Marcos Lemos.
Em Cuiabá, a Secretaria de Saúde afirma que há segunda dose garantida, até o momento, para o público na faixa etária de 69 a 65 anos idade. Esta semana iniciou a vacinação para o público de 64 a 60 anos.
Segundo a prefeitura, o Ministério da Saúde autorizou que as remessas de doses fossem usada inteiramente para a primeira imunização. Poucos dias depois as segundas doses foram enviadas, evitando o comprometimento da conclusão da imunização.
A partir de então, todas as remessas recebidas voltaram a ser entregues com dose 1 e dose 2. “Em Cuiabá, quem toma a primeira dose, não há a menor possibilidade de sua vacina estar escondida. Ela estará armazenada porque é patrimônio do cidadão que tomou”, disse o prefeito.
A Capital iniciou a ampliação da rede vacinação para acelerar a aplicação de doses. Hoje, cinco postos estão ativos. Até o fim da tarde de ontem, 82.730 pessoas foram vacinadas na Capital com a primeira dose e 27.729, com a segunda.
Sem estoque
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga disse em audiência no Senado, na segunda-feira (26), que não serão distribuídas novas remessas da CoronaVac para Estados e municípios esta semana. A previsão é que voltem a ser fornecidas daqui 10 dias.
Queiroga disse que o Brasil enfrenta dificuldade de fornecimentos e admitiu que há risco de atraso de segunda para a CoronaVac, que deve ser aplicada de 15 a 28 dias após a primeira.
O estoque que o Ministério da Saúde tinha foi liberado há um mês e hoje passa por atraso por demora na liberação do Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção.