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Com liberação de crédito, agricultores investem em armazéns

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Com liberação de crédito, agricultores investem em armazéns

O produtor rural de Sorriso, Deonei Anese, iniciou há dois meses a construção de um silo com capacidade de armazenagem de 6 mil toneladas. Jefferson Luiz Casteli, de Primavera do Leste, decidiu investir em um de 40 mil toneladas de capacidade. Ambos tomaram a decisão após participar das rodadas técnicas do projeto Armazena MT, coordenado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja).

“O pontapé inicial foi a Associação e vi que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) estava agilizando as coisas. Antes, já tinha planejamento, mas era inseguro por causa da burocracia”, contou Anese.

Já Casteli tinha planos de construir um silo pulmão – que é montado entre a moega e o secador com o objetivo de conservar os grãos enquanto aguardam a secagem, com capacidade para até 10 mil sacas. “Depois da rodada técnica, verificamos que havia possibilidade de financiar pelo Fundo Constitucional do Centro Oeste (FCO) e fomos mais ousados. Com limite aprovado, o projeto saiu em 15 dias”, comemorou.

Novo cenário
Para Frederico Azevedo, gerente de Política Agrícola da entidade, há agricultores interessados em investir em armazenagem e recursos nos agentes financiadores. “O projeto Armazena MT busca mostrar a viabilidade e criar situações como encontramos no campo: produtores rurais percebendo que a armazenagem gera renda”, afirmou.

O estado que mais produziu grãos na última safra, também foi o que mais sofreu com a falta de armazéns. Mato Grosso registrou na safra 2016/17 o maior déficit de armazenagem na história – 35 milhões de toneladas. O número leva em consideração a margem da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), que é de 20% em cima de tudo que se produz em grãos.

Em setembro, técnicos da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) percorreram  Mato Grosso para fazer o recadastramento dos armazéns privados e verificar a capacidade real de armazenagem em relação à produção.

As principais reclamações dos produtores mato-grossenses na hora de investir em armazenagem eram a burocracia para ter acesso ao crédito e os juros altos. Entretando, para Azevedo, as conversas realizadas com os agentes financeiros estão surtindo efeito. “Os relatos são de agilidade nos processos. É um novo cenário para a armanezagem em Mato Grosso”, pontua.

Investimentos
Deonei Anese conta que investirá R$ 3,6 milhões no silo e o limite de crédito foi aprovado em três dias pela instituição bancária. O BNDES financia 90% da obra e 10% são recursos próprios, por meio do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA).

O Armazena MT busca realizar ações de suporte a projetos de financiamento, fazendo a ponte com os agentes financeiros. Novas ações do projeto estão programas para 2018, como palestras técnicas, oficinas e rodadas regionais.

“Investir em armazenagem significa comodidade, facilita a logística, agiliza a colheita e, mais ainda, é uma segurança para o agricultor que tem o produto na sua propriedade”, finaliza Casteli.

(Com informações de assessoria)

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