Se a regra do distritão estivesse valendo desde a eleição do ano passado, 21% dos vereadores dos três maiores colégios eleitorais de Mato Grosso depois de Cuiabá não teriam conseguido as vagas em suas respectivas Câmaras Municipais.
Ao todo, dos 57 vereadores eleitos em 2016 em Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop, 12 tiveram menos votos que candidatos que não conquistaram cadeiras nesses parlamentos. Na Câmara de Cuiabá, conforme o LIVRE já mostrou, haveria mudanças para seis vereadores, incluindo o presidente da Casa, Justino Malheiros (PV).
Atualmente, o que vale é a regra do sistema proporcional de eleição. Nele, a soma de votos de todos os candidatos dos partidos que compõem a coligação ajuda a definir quais sairão vitoriosos das urnas.
Modelo do distritão prevê que apenas os candidatos mais votados sejam eleitos
O modelo do distritão prevê que apenas os mais votados – independente de partido ou coligação – sejam eleitos. A adoção do sistema já é tida como um consenso no Congresso Nacional, onde tramita uma proposta de reforma política.
Maior impacto
Das três maiores cidades de Mato Grosso depois da capital, Rondonópolis é que teria a composição da Câmara Municipal mais alterada. Dos 21 vereadores, seis não teriam sido eleitos.
Na cidade, a diferença de votos entre o vereador eleito com menor votação – o professor Sidnei (PDT), que recebeu 871 votos – para o primeiro colocado da lista dos não eleitos – Dico (Pros), que obteve 1.503 votos – chega a 632 votos.
A Câmara de Sinop é a que estaria mais semelhante à atual composição, caso a eleição tivesse sido feita por meio do sistema de distritão. Dos 15 vereadores, apenas dois não tiveram mais votos que candidatos não eleitos. São eles: Joacir Testa (PDT), que fez 1.101 votos, e Leonardo Visera (PP), que obteve 766.
No caso de Várzea Grande, não estariam eleitos os vereadores Neni Chimarrão (PTC), que recebeu 1.376 votos; Ferrinho (PT do B), que conquistou 1.351 votos; Ícaro Reveles (PSB), 1.271 votos; e Ivan dos Santos (PRB), 960 votos.
