A semeadura do milho em Mato Grosso está abaixo do esperado, assim como a colheita da soja em razão das fortes chuvas. Para se ter ideia, segundo o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) o potencial de semeadura do milho para esta semana era de 16,6%, porém, devido às fortes precipitações, nos últimos cinco dias, não passou dos 10,3% da área total de 4,4 milhões de hectares.
Já em relação a colheita da soja, as notícias também geram alerta, pois não há grandes avanços. Em matéria anterior, o LIVRE registrou a colheita em diversos municípios de Mato Grosso, em que apenas 16,25% da área total havia sido colhida, ficando abaixo do potencial. Mesmo com um pequeno avanço de 4,77 pontos percentuais, a colheita segue adiantada em relação a safra 2015/2016, que foi atípica e registrou quebra de pelo menos sete milhões de toneladas de milho e dois milhões de toneladas de soja.
O presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, lembra que no ano anterior os produtores foram duramente prejudicados com a falta de chuvas, neste ano, conseguiram plantar com a janela ideal, mas devem ficar atentos quanto a colheita, aproveitando os intervalos sem preciptações. “Acreditamos que será uma grande safra, mas precisamos ficar sempre atentos as condições metereológicas”.
Em relação a produtividade, os números têm sido animadores. Na Fazenda Ponte de Pedra, no sul do Estado, em alguns talhões a média colhida chega a 68 sacas por hectares. Em Primavera do Leste a situação é a mesma, com relatos que variam entre 68 e 60 sacas por hectare.
Para a primeira semana de fevereiro, as previsões meteorológicas apontam uma redução no volume das chuvas e que, se confirmada, deve colaborar para um avanço significativo da colheita da soja, bem como da semeadura do milho cuja previsão é alcançar 33,5% da área total.
