Após tributo ao imortal Antônio Sodré que, com memórias, ocupou a Casa Cuiabana no último 19 de fevereiro, renasce em artistas realizadores e presentes na ocasião a vontade de conservar encontros desta natureza, num misto de saudade e energia renovada. Os diversos segmentos da arte ganham novo fôlego com o projeto que nasce no mesmo local, o Sarau de Segunda.

A proposta é a realização mensal e a primeira edição, “Canal de Tudo”, já acontece nesta segunda-feira (26), às 19h30, retomando o uso do quintal e do Teatro de Arena, contemplando a diversidade de linguagens e gerações, em molde coletivo e multifacetado.

A ocupação artística dos espaços públicos por sinal, não é novidade e se ampara em iniciativas independes na cena cultural, a exemplo mais recente, o Sarau das Artes Free, que, durante as terças-feiras cuiabanas, “tomou de assalto” aquela que hoje é point da diversidade de públicos, a Praça da Mandioca.

Sarau das Artes Free na Praça da Mandioca

A diferença é que agora, os saraus das segundas-feiras apostam em uma roupagem institucional, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura (SEC).

Na linha de frente do grupo de artistas que se dividem em três áreas de atuação – poesia, música e exposição –, assumem a curadoria do evento Eduardo Ferreira, coordenação de produção Amauri Lobo, curadoria de artes visuais Mari Gemma De La Cruz e curadoria de literatura Luciene Carvalho.

Resultado disso, somam-se ao evento vídeos-arte, exposições visuais, fotografia, teatro, arte de rua, feira literária, artesanatos e brechós.

O evento aproveita para dar visibilidade a personagens e produções femininas do Estado, com a presença dos coletivos Bordadeiras de Chapada e Mulheres do Barro, a instalação de Henrique Santian “A Fé de Francisca” e o manifesto de Antonieta Costa pelo Instituto de Mulheres Negras, entre outras representantes.

A música fica por conta de uma mistura de gêneros, estilos e gerações, representadas por Vera Capilé e André Balbino, Pio, Ellen e John, Mano Allan & Mano Raul, Karola Nunes, Hendson Santana e a Banda Pedregal que, formada em homenagem a Sodré e sua quebrada, aparenta repaginar o movimento Caximir.

O espaço tem circulação livre e gratuita e pretende apresentar uma alternativa de consumo artístico para Cuiabá e região, além de um espaço para o compartilhamento de novas produções autorais e a interação de segmentos e gerações de produtores e artistas.

Confira a atrações nesta segunda-feira:

Artes visuais

Coletivo Bordadeiras da Chapada | NEOMColetivo Cores | Pinturas em Telas
Ana Marimon & Luis Pirata | Painel : “Cosma Shiva”
Mari Gemma | Fotografia Expandida & Poesia
Coletivo Mulheres do Barro | Esculturas
Tchelo Figueiredo | Fotografia: “Os cinco Elementos do Cerrado”
Henrique Santian | Vídeo e Instalação: “A Fé de Francisca”
Nadja Lammel e Marilia Meireles | Grafite com performance no local
Tranças | ONG Auto Estima
Lugar de Mulher é na Arte | Projeção Fotográfica | Curadoria: Marigemma De La Cruz

Feira solidária

Brechó Andrômeda | Talina Yasmim
Toalhas e Bonecas |  Maria Nubia Souza
Bonecas Negras | AVASSK
Mãe D’água Biojóias
Fusca sebo
Ermelinda | Artesanatos

Palco

[DJ] – Chabô: Discotecando
[Manifesto] – Antonieta Costa | IMUNE (Instituto de Mulheres Negras)
[Vídeo Documentário] – “Vó Francisca” de Henrique Santian
[Cena] – Luiz Renato / Marináuseas / Modelo Vivo
[Música] – Vera Capilé e André Balbino, Pio, Ellen e John
[Poesia] – Expressão física do Solidário Feminino – Azuila Costa, Lígia Silva, Sueli Siqueira, Bia Corrêa, Anna Marimon e Luciene Carvalho
[Música] – Mano Allan & Mano Raul, Karola Nunes, Hendson Santana, Banda Pedregal
[Espaço Livre] – Abertura com Ísis Marimon e Maria Lígia

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