Os candidatos ao Governo de Mato Grosso protocolaram quase uma ação judicial a cada 24 horas, nos primeiros 10 dias de campanha eleitoral. As reclamações estão concentradas nas coligações do governador Mauro Mendes (União Brasil) e da primeira-dama de Cuiabá, Márcia Pinheiro (PV).
A divulgação de informações falsas (fake news) e propaganda irregular são os temas mais recorrentes.
Conforme o Processo Judicial Eletrônico (PJe) do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso (TRE-MT), desde o dia 26 de agosto, data do início do horário eleitoral gratuito, foram protocoladas oito ações judiciais.
Sete foram iniciadas ou por Márcia Pinheiro ou Mauro Mendes, com acusação de um contra o outro.
As ações questionam a correlação de informações dos candidatos com temas polêmicos, como a troca de modais do transporte coletivo de Cuiabá e Várzea Grande (o VLT pelo BRT), ocultação de partidos nas propagandas eleitorais e suposto uso da máquina pública nas campanhas.
Mauro Mendes é alvo de três ações e Márcia Pinheiro, de quatro. Os trâmites dos processos estão com momentos diferentes, mas as decisões tem prevalecido a favor dos argumentos do candidato à reeleição Mauro Mendes
O pastor Marcos Ritela (PTB) aparece como alvo de uma ação protocolada pela coligação “Mato Grosso Avançando, Sua Vida Melhorando”, por vinculação de Mendes com caso de degradação ambiental. Neste caso, a decisão foi favorável a Ritela, quem a Justiça entendeu ter emitido sua opinião, sem risco de difamação.
Moisés Franz (Psol) ainda não aparece como alvo ou autor de qualquer ação relacionada às propagandas eleitorais de seus adversários. Todos os quatros candidatos já estão candidaturas aprovadas pelo TRE-MT.
