Eleições

Candidatos ao governo de MT questionam pesquisas e trocam farpas no último debate

Como os demais confrontos, os debates giraram em torno de muitas acusações e poucas propostas

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Candidatos ao governo de MT questionam pesquisas e trocam farpas no último debate

Os quatro candidatos ao governo participaram nesta quinta-feira (29) do último debate eleitoral, realizado pela TV Vila, afiliada da Rede Record, em Cuiabá. Sem o horário eleitoral gratuito, os postulantes usaram o espaço para questionar dados das pesquisas de intenção de votos, atacar adversários e se valer de campanhas de presidenciáveis.

O candidato Moisés Franz (Psol), estacionado na última colocação das intenções de voto com 1% nas pesquisas das últimas semanas, disse que “mais de 70%” dos eleitores vão decidir seu voto nas próximas horas e dados apontados nos levantamentos tentam direcionar a decisão do eleitor.

Marcia Pinheiro (PV) e o pastor Marcos Ritela (PTB) se revezaram em ataques a Mauro Mendes (União Brasil). Márcia citou números sobre população em risco alimentar e miséria em Mato Grosso e questionou “a falta ação do governo”.

Contudo, a estatística de hoje, 600 mil em estado insegurança alimentar, diverge da apresentada no debate de terça-feira (27) na TV Centro América. Naquela ocasião, Márcia citou 2 milhões de pessoas.

Mauro Mendes disse que os dados são contraditórios e “nenhum refletiria a situação real” da pobreza em Mato Grosso. Ele devolveu a investida com uma pergunta sobre a proposta no plano de governo de Márcia de construir 50 mil casas populares e a candidata não soube responder quanto custaria cada projeto e nem o custo do total para o governo.

Quem está mentindo?

O pastor Marcos Ritela perguntou a Mauro Mendes sobre o atraso no repasse de R$ 37 milhões para o Hospital do Câncer (HCan) e disse que a situação seria uma amostra da área na saúde.

Mendes disse que “como pastor o senhor deveria deixar de ser mentiroso”. Ritela obteve direito de resposta e afirmou “que tudo o que eu digo eu tenho prova. O senhor deveria respeitar a mim e à minha classe”.

Num formato de confronto mais livre, Moisés Franz ficou apagado no debate recebendo poucas perguntas dos pares.

Também houve acusações sobre divulgação de informações falsas (fake news) sobre dados em segurança pública e educação. Ritela e Márcia afirmaram que as declarações do governador sobre a construção de hospitais e melhora nos índices do ensino são camuflados.

Segundo eles, as obras em execução não teriam reflexo na realidade, pois a rede já em funcionamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) não seria capaz de atender a população; e a subida de Mato Grosso no ranking no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) seria por mudanças no cálculo das notas.

O problema de falta de serviços na rodovia BR-163 foi mais explorado. Os argumentos dos três candidatos foi de que a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de autorizar o controle acionário da concessionária Rota do Oeste pelo governo estadual têm cunho eleitoral.

Num duelo direto, Márcia e Mauro falaram sobre a disponibilidade dele para a quebra de sigilo bancário, não aceito por Mauro. A questão apareceu por conta da alegação da candidata de crescimento de R$ 3 bilhões no patrimônio do filho do governador.

Ele, por sua vez, ressaltou os quatro direitos de resposta inseridos na propaganda de Márcia por crime de calúnia e difamação veiculadas.

Já os presidenciáveis aparecem de formas diferentes. Márcia Pinheiro novamente usou o nome de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mais de duas vezes para endossar sua candidatura, e Marcos Ritela se valeu de Jair Bolsonaro (PL) com a mesma intenção e citou Lula como ex-presidiário.

Casos de polícia

Os casos locais de suposta corrupção também foram lembrados. Márcia foi novamente associada às operações na Prefeitura de Cuiabá e à cassação do mandato do deputado federal Neri Geller (PP).

Mauro Mendes foi lembrado pela prisão do ex-secretário de Ciência e Tecnologia, Nilton Borgatto, por tráfico internacional de drogas.

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