Divulgação
Ministro do Mapa, Blairo Maggi, sai em defesa do agronegócio brasileiro no parlamento europeu
Cotado pelo Partido Progressista (PP) para disputar as eleições presidenciais de 2018, o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Blairo Maggi, afirmou que o Brasil provoca muito medo ao produtor Europeu.
A declaração foi feita nesta quarta-feira (25/01), depois de reunião realizada no Parlamento Europeu, em Bruxelas, sobre o agronegócio brasileiro.
Segundo ele, foram duras as discussões. A principal é o fato do Brasil não trabalhar com as mesmas regras que eles, plantando inclusive produtos que são proibidos à eles, como a soja e o milho transgênico. “Eles querem GMO Free mas acham que não deveriam pagar a mais por isso”, destaca.
Recentemente parte da produção da soja mato-grossense, que segue as diretrizes do Programa Soja Plus foi reconhecida como sustentável pela União Europeia, ganhando espaço em um dos mercados internacionais mais exigentes (veja aqui).
Quanto a pecuária, Maggi ouviu que a mesma irá acabar com os produtores europeus e que a avicultura brasileira e a suinocultura são subsidiadas. “Não será nada fácil avançar no comércio agrícola, há muitas batalhas pela frente”, frisa.
O ministro lamentou ainda que o desconhecimento em relação as produções brasileiras ainda é grande e convidou os parlamentares europeus a visitar o país.
“Quero que eles olhem com seus próprios olhos, nossas regras, obrigações trabalhistas, ambientais e sociais, que são mais duras até que as europeias”.
Atualmente o Brasil vende à União Europeia 12 bilhões de euros em produtos agropecuários e compra 1,2 bilhão. No caso de Mato Grosso, o bloco econômico é o segundo maior comprador de soja (cerca de 20% da produção).
Maggi destacou que há vantagens comparativas no comércio bilateral, como o fato de o bloco europeu comprar matérias-primas brasileiras e agregar valor a esses produtos. É o caso de café, cacau, carnes, soja e milho.