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Botelho admite atrasar salários na Assembleia se não receber do governo

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Botelho admite atrasar salários na Assembleia se não receber do governo

Ednilson Aguiar/O Livre

Governador Pedro Taques

Governador Pedro Taques e deputado Eduardo Botelho: repasse ao Legislativo terá quer ser feito nesta semana, ou haverá atraso de salários na AL

A Assembleia Legislativa pode atrasar os salários de outubro dos servidores se não receber os cerca de R$ 55 milhões em repasses de duodécimos atrasados deste ano. O alerta foi feito pelo presidente da Assembleia, Eduardo Botelho (PSB), e pelo primeiro-secretário Guilherme Maluf (PSDB).

“Se o governo não pagar os atrasados nesta semana, não temos como pagar a folha”, admitiu Botelho à imprensa, na manhã desta quarta-feira (25). O assunto será debatido na quinta-feira (26), em reunião dos chefes de Poderes.

Segundo a 1ª secretaria, a folha mensal da Assembleia é de cerca de R$ 17 milhões. Além dos salários, o Legislativo pode atrasar também fornecedores, avisou Maluf. “Sem os repasses, não vamos ter condições de pagar”, disse.

O tucano disse que a Assembleia notificou o governo e cobrou os atrasados por meio de ofícios. “Entendemos a situação complicada do Estado, e houve complacência da Assembleia com o governo. Mas não deixamos de cobrar, porque isso seria prevaricar”, declarou.

A cobrança, no entanto, não foi judicializada. O deputado de oposição Zeca Viana (PDT) criticou a Mesa Diretora por não levar o caso à Justiça. Viana não descarta acionar a Mesa para pressionar e judicializar a cobrança, como ele já fez na gestão passada, quando Maluf era presidente.

“A Assembleia é muito light com o governo. Esses atrasos não aconteciam nas gestões passadas. Botelho precisa cobrar o governo, porque esse atraso é improbidade”, disparou.

Devoluções
Em função da dificuldade financeira, o primeiro-secretário Guilherme Maluf defende ainda que a Assembleia pare de devolver recursos para o Poder Executivo, para ajudar na administração estadual.

“Nesse clima de insegurança financeira, eu suspenderia qualquer devolução. Mas essa é uma decisão que não cabe só a mim. É preciso que o Botelho concorde com isso”, disse Maluf.

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