O auxílio financeiro do governo federal aos municípios de Mato Grosso caiu 99% no final de 2020. A transferência passou de R$ 162 milhões, em setembro, para R$ 1,2 milhão, em dezembro.
Os dados são do “Radar Covid-19”, portal administrado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). A ajuda da União encerrou em janeiro, junto com a expiração do decreto de calamidade financeira.
Desde março, os 141 municípios receberam R$ 1,2 bilhão. Mas os repasses mais consistentes se concentraram em quatro meses: de julho a setembro. Nesse intervalo, o governo federal pagou R$ 753 milhões para o combate à pandemia e mitigação da paralisação econômica pelas medidas de isolamento social.
“Foi uma ajuda para muito municípios, porque a perda da arrecadação não era esperada, a pandemia paralisou tudo. Mas precisamos fazer diferentes análises sobre a situação. Os decretos de calamidade que estão sendo aprovados não são, necessariamente, pela pandemia ainda”, disse o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Dilmar Dal Bosco (DEM).
Segundo ele, a condição financeira dos municípios depende agora da hierarquização de prioridades pelos gestores. E a manutenção das medidas de segurança individual (uso de máscara, higienização, etc.) devem estar no topo da lista.
“Os prefeitos têm que saber o que restringir e o que não restringir. Mato Grosso foi um dos primeiros a adotar o uso da máscara facial, isso precisa ser mantido, porque possibilita o comércio, por exemplo, a funcionar e, ao mesmo tempo, controlar o contágio”, pontua.
Ele ressalta ainda que alguns setores da economia tiveram contenção de despesa enquanto a saúde consumiu mais recurso do que estava previsto no início de 2020. Um exemplo seria a área de educação, cujas atividades ficaram paralisadas na maior parte do ano.